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Eu sei, na foto só existem palavras, faltam as cerejas, mas como eu faço e resolvo tudo à última da hora, foi o que se pode arranjar.
Dizem que as palavras são como as cerejas, quem come uma não consegue parar de as comer, ou de as ler...
ADORO cerejas, mas num belo dia da minha adolescência, tive o azar de comer muitas e só no fim descobrir que tinham bichinhos. Alguém se lembrou de abrir uma e lá estavam umas parvas de umas lagartinhas a dar ao rabo. Deixei de as comer, e ao fim de bastante tempo, atrevi-me a tentar novamente tendo o cuidado de as abrir primeiro. Foi um verdadeiro trauma.
As palavras também têm o seu quê, podem ser pétalas de flores ou pedras arremessadas sem dó nem piedade. Eu ADORO (para que não se sintam menos do que as cerejas) palavras. Escritas, lidas, pensadas, faladas, nunca deixarão de ter uma tremenda beleza, em qualquer uma das formas terão sempre o poder do entendimento, a força da interpretação, a importância da expressão de pensamentos.
Por isso pego num livro, abro-o e perco-me lá dentro. Entro noutros sítios que não o meu, viajo por outras paragens, e leio palavras de outros que sabem utilizá-las muito bem, que sabem brincar com elas e nos transportar a situações que nos ensinam tanto, que nos fazem rir, chorar, pensar e muitas vezes tirar conclusões preciosas para a nossa vida. Mostram-nos realidades que não conhecemos no nosso entorno mas que muitas vezes existem camufladas de caras sorridentes, dizem-nos verdades que não imaginaríamos, e dão-nos esperança com a imaginação, quando nos contam histórias de princesas e de príncipes encantados.
Eis o porquê da minha paixão por palavras, porque nos dão mundos que nos ajudam a viver no nosso, porque nos ajudam a entender os nossos pares e a podermos dizer de nossa justiça, sempre que necessário for.
Mas tenhamos cuidado, demos-lhes uma boa utilização, não as desperdicemos em maus dizeres ou em insultos gratuitos que magoam quem as ouve. As palvras são tão bonitas, não as estraguem.