Haverá idade para as crises existenciais?
Para sabermos quem somos, onde estamos, para onde vamos, o que necessitamos, ou o que realmente temos?
A conclusão a que chego é...não, não há idade.
Nas crianças já se nota algum receio pelo desconhecido, pelo medo de ficarmos sem aqueles que são o nosso mundo. Medo de termos a nossa existência alterada sem o podermos controlar.
Na adolescência porque somos novos e temos tanto que aprender, que quando tropeçamos, toda a nossa existência estremece e as emoções balançam.
Quando entramos na idade adulta, são as dúvidas do caminho que se apresenta, das decisões que têm que ser tomadas, e do medo inerente a essa situação.
Já na idade adulta, são as incógnitas que as decisões anteriormente tomadas levantam, e os arrependimentos (grandes ou pequenos) que poderão surgir e que tão difíceis podem ser de aceitar.
E depois...depois é a inconsistência do futuro que tantas dúvidas existenciais trazem, em conjunto com as dúvidas que já traziamos de outras épocas (pensávamos nós que já as tinhamos resolvido) mas que continuam a aparecerem-nos à frente em forma de pontos de interrogação.
Valha-nos a presença de espirito, que o tempo nos deu, e que é capaz de relativizar e priorizar as crises existenciais, quase com uma perna às costas.
Mas que as há...há. Elas...as crises.