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Um pinheiro de luz
Era uma vez um pirilampo que gostava que a noite chegasse, para poder acender a sua luzinha e brilhar como faziam as estrelas que via no céu.
Quando assim acontecia, iluminava à sua volta flores de várias cores e outros insectos como ele, mas que não tinham a habilidade de dar luz, e assim, com ele podiam guiar-se melhor no seu caminho.
Num belo fim de tarde, luminoso mas frio, o pirilampo encontrou um pinheiro que parecia chorar, os ramos vergavam e as folhas descaiam em direcção ao chão.
O pirilampo perguntou-se o que levaria aquela árvore àquele estado. Não se fez de rogado e perguntou delicadamente se havia alguma coisa que pudesse fazer por ele.
O pinheiro estranhou o interesse (ninguém se interessara alguma vez por ele), mas respondeu que se sentia triste por não ser enfeitado com luzes e bolas coloridas como sabia que outros pinheiros eram.
O pirilampo sentiu pena da árvore e pensou que não era fácil satisfazer esse desejo, uma vez que a árvore se encontrava no meio de um pinhal, sem seres humanos que lhe pudessem acudir. Ao mesmo tempo começou a surgir na sua mente algo que começou a tomar forma e que se transformou numa ideia que ganhava força conforme o insecto mais pensava nela.
Disse à árvore que talvez lhe pudesse satisfazer o desejo e que voltaria não tarda nada.
O prometido é devido e pouco tempo passado, já tendo caído a noite, eis que o pirilampo voltou acompanhado de um grande grupo de amigos luminosos, que prontamente se espalharam pelos ramos do pinheiro.
A árvore não acreditava no que estava a acontecer, não cabia em si de contente quando viu as luzinhas que o preenchiam de cima a baixo.
Todo o pinhal rejubilou a assistir àquela imagem memorável, que ficou para sempre nas suas memórias.
Era uma imagem que foi avistada pelos humanos que viviam do outro lado do rio e que se perguntavam o que seria aquela claridade que viam ao longe.
Se pudermos ajudar os outros a serem felizes, seremos mais felizes também.
No âmbito do meu própio desafio não resisti a escrever mais um conto (como mais alguns fizeram). E vocês, já escreveram o vosso?