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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Maio 28, 2021

imsilva

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A nossa lua no dia 26 de Maio

 

Quando a vida parece 4 paredes a fecharem-se à nossa volta

Quando parece que falta o ar

Quando a raiva grita e a alma chora

Quando o entendimento embota e não entende

Quando o desespero se sente desesperado, mas não desespera...

porque não pode

Parar?

Parar como?

Dizem que parar é morrer

Dizem que para não morrer, é preciso parar...

 

Um dia de cansaço, isso passa...

 

 

Maio 25, 2021

imsilva

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- Por que razão sais todas as noites com esse banco tão alto?
- Tenho de estrelar o céu.
- Estrelar o céu?
- Sim. De cada vez que alguém desiste de um sonho, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém desiste de alguém, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém desiste de si, cai uma estrela do céu. De cada vez que alguém tranca o sorriso ou fecha a esperança, de cada vez que alguém perde as chaves do coração, de cada vez que alguém recusa agarrar a mão de quem lha estendeu, cai uma estrela do céu. Eu apanho-as uma a uma, com muito cuidado para não as magoar – uma estrela caída no chão sente o céu a desabar – e volto a pô-las onde estavam antes de a manhã chegar.
- E como fazes para as segurar?
- Digo-lhes que uma estrela só cai para se poder levantar.

Elisabete Bárbara
Lado a lado

Desafio dos pássaros # 3.2

Afinal havia outro ... fogão

Maio 21, 2021

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Lola

Há vidas fecundadas em dias de maus espíritos, como a de Lola.

Ninguém sabia o verdadeiro nome, ficou Lola porque em tempos teria andado por terras de Espanha, e quando voltou, foi assim que lhe passaram a chamar.

Desde a violência a que assistiu em casa dos pais, ao trabalho que teve durante 4 anos e que depois de uma falência a deixou desempregada e grávida de um colega que se pôs a milhas, Lola nunca teve um bom espírito que a acompanhasse.

O pai quando soube da gravidez, expulsou-a de casa. Sem outra família a quem recorrer, sem amizades que a pudessem acudir, Lola esteve num abrigo para futuras mães em dificuldades, onde por norma entregavam os filhos para adopção. Lola não foi excepção. Algo que recordaria para sempre com dor.

A vida nunca lhe tinha dado as melhores companhias, ela também nunca as tinha sabido escolher, e assim acabou por viver com uns e com outros, nenhum deles tendo sido alguém que lhe desse algo positivo.

Quando ouviu falar de um trabalho em Espanha, arranjou coragem e foi. Esteve lá 2 anos e já foi demasiado. Foi explorada, mal tratada e assim que conseguiu, voltou para Portugal com menos amor próprio do que nunca.

Lola era uma mulher frágil, nunca alguém lhe tinha dado valor algum.

Ao fim de muitos anos, Lola vivia numa barraca de um bairro de barracas, que a Segurança Social visitava de vez em quando. Ao verem o estado mental em que ela se encontrava, e não conseguindo convencê-la a ir para uma instituição, decidiram tirar-lhe do seu espaço as coisas que consideraram perigosas, como por exemplo, o fogão. Pediram apoio às instituições devidas e forneciam-lhe 2 refeições por dia, entregues à porta.

Até aquele dia...

As pessoas que viviam naquele bairro, acordaram com o cheiro intenso a fumo que entrava por todas as frinchas das janelas e portas, e viram o clarão alaranjado lá fora. A barraca de Lola estava em chamas, e lá dentro aquela pessoa que nunca na vida tinha tido amor ou algo que se parecesse com uma vida digna.

 

P.S. A peritagem concluiu que o incêndio tinha sido causado por um pequeno fogão de campismo. 

 

Maio 19, 2021

imsilva

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Gavetas de memórias sem cor

Gavetas de recordações esfumadas

Gavetas de sensações quentes

Gavetas de boas gargalhadas e de tristes lágrimas

Guardam as minhas camisolas e as minhas ilusões

Guardam os meus anéis e as minhas histórias

Guardam os meus sonhos, os que desapareceram nas esquinas do tempo,

e os que guardei com o maior dos recatos, para ninguém cobiçar

Guardam as imagens que a retina guardou e o coração rejeitou

Guardam alegrias e tristezas do que se perdeu no caminho

Guardam esperanças, desejos, anseios e sentimentos de amor, ainda por usar

E guardam uns pozinhos de felicidade, pelo sim pelo não

As minhas gavetas estão cheias do que não quero largar

Maio 18, 2021

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Para um menino de olhar malandro, de coração doce e super-herói do meu coração, no seu 5° aniversário ❤

 

Era uma vez um gatinho que tinha perdido o sono. A mãe do gatinho foi procurar o sono do gatinho para naquela noite o gatinho fazer ó ó...
A mãe gatinha foi à floresta perguntar pelo soninho do gatinho mas os animais estavam todos a dormir e não a puderam ajudar.
No dia seguinte, a mãe gatinha foi à escola procurar o soninho do gatinho, mas todos os meninos estavam a aprender e não a puderam ajudar.
A mãe gatinha fez as malas e foi a um país muito distante procurar o soninho do gatinho, mas nesse país os gatinhos estavam sempre acordados...
A mãe gatinha regressou e foi a um poço muito fundo. Espreitou. O poço era muito escuro. Será que o soninho do gatinho estava lá no fundo, também ele a fazer ó ó no escuro? Talvez não. O soninho tem medo de poços.
A mãe gatinha regressou a casa e disse ao gatinho que não tinha encontrado o seu soninho.
O gatinho disse:
- Mãe, o meu soninho está contigo. Não é preciso procurares. Se me deres um abraço, consigo dormir...
Então mãe gatinha e gatinho abraçaram-se e logo apareceu o soninho numa estrela que olhava para eles na janela do quarto...

Gilda Nunes Barata, O gatinho que perdeu o sono.

Maio 14, 2021

imsilva

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O que podem fazer 30 minutos de espera.

Já lá tinha estado quando os meus pais foram vacinados, mas desta vez, sozinha, tive tempo de ver, e vi um pavilhão desportivo com uma parede repleta de cabines de vacinação e cadeiras espalhadas pelo resto do espaço, com a devida distância de segurança e pensei; que raio de coisa esta!

Estamos a assistir a uma vacinação em massa a nível mundial (ok. eu sei que não é bem assim, mas isso são contas de outro rosário) como nunca foi feita.

O que é isto? Em pleno século XXI, estamos a ser completamente comandados (bem ou mal) por um pequeno vírus ( e por entidades) que nos dão volta à vida, que nos proíbe de fazer-mos aquilo que queremos, que nos retira os afectos, e que nos obriga a usar uma máscara que nos tapa a expressão, o sorriso e a alface que ficou nos dentes.

Depois de levar a minha dose, sentei-me numa das cadeiras espalhadas pelo espaço e olhei à minha volta. Vi pessoas a olhar par os seus pequenos ecrãs de telemóvel, um a olhar para o tecto e outra a ler um livro. Também levei um, mas não chegou a sair da mala, o que tinha à minha volta era mais interessante. Atraída pelo movimento do senta-levanta, dediquei-me à observação de pessoas, de seres humanos que como cordeiros, seguiam instruções e levavam com a substância que dizem que pode travar esta pandemia.

Foi aí que pensei e ponderei no inusitado da situação e o que podem fazer 30 minutos de espera.

Maio 13, 2021

imsilva

Dando continuidade ao desafio da  Ana de Deus  e respondendo ao convite da Luísa de Sousa , aqui deixo a minha participação.

 

 

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Bom, não tendo outro remédio, sexta-feira às 13,40 fecho o estaminé, apesar de ter pessoas (como as odeio) a quererem beber um café à força (vão beber pra casa), meto-me no carro em direcção ao Pavilhão onde parece que todos levam a vacina. Bem, se aquilo me doer, vão me ouvir bem, rais'parta, que eu não estou para isso. Depois de apanhar com um pacóvio que não sabia conduzir a mais de 30 à hora, e a quem tive de dar umas boas buzinadelas, chego e estaciono o carro.

À entrada do Parque desportivo, estava uma carrinha que queria que eu lá entrasse para nos levarem feitos cordeiros até ao sítio. Eu disse logo que não, que não entrava ali com aquele gente toda, eu ia era a pé, com o que eu gosto de pessoas, pfff...

Quando lá cheguei, Oh Senhores!!! tanta gente de um lado para outro só a dar ordens, vá práqui, depois vá práli, e eu com uma vontade de responder doida que até me ia dando uma urticária. 

Finalmente lá entrei numa casota, e mandaram-me tirar a camisa (qual presidente da republica), que era à moda que um bocado apertada, e não dava para arregaçar, quando vejo a mulher com uma agulha na mão, até vi tudo vermelho, e quando ela me espeta aquilo tudo no braço, dei um berro tal, que se ouviu no pavilhão inteiro...

 

E agora passo a batata, que é como quem diz o conto, à Ana Mestre Que com a sua criatividade irá dar boa conta do recado.☺

Maio 07, 2021

imsilva

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Ouvi a vida rolar e a acontecer. Alguém me disse que ia ser fácil para todos, que os sorrisos iriam soltar-se quais pardais ao fim da tarde. Que tudo estava bem, que tudo estava no sítio. Que parvoíce...

Alguém disse que a bondade andava à solta, sem rédeas nem empecilhos. Que todos os homens seriam felizes, sem angustias nem tristezas. Que imaginação...

Afinal quem fala não sabe o que diz, quem fala diz o que lhe apetece, o que provavelmente queria que fosse...mas não é. Que tristeza...

Vejo ao longe as nuvens a passar, e muitas cores, azuis, brancos, cinzentos, e o dourado do rei sol. e isso é a vida, a que conhecemos, a que amamos, não a que nos contam, a que ouvimos algures. E que bonita que ela é...

 

Texto no âmbito do novo Desafio dos pássaros Desta vez a 3 ° temporada. Quem se quiser atrever, espreite.

Maio 05, 2021

imsilva

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Da mais alta janela da minha casa
Com um lenço branco digo adeus
Aos meus versos que partem para a humanidade

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.

Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.

Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?

PASSO E FICO, COMO O UNIVERSO.

“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto 

Maio 03, 2021

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A  Fátima Bento lembrou-se de fazer um sorteio, e oferecer livros, vai daí  pôs-nos a escrever umas coisas e depois, só tivemos que fazer figas. 

Eu tive a sorte de ser uma das contempladas, e aqui deixo testemunho disso. Este pequeno livro chegou a minha casa e foi muito bem recebido. Nunca li nada desta autora, ou seja, vai ser uma estreia. Gosto do género, por isso vai ser fácil apreciá-lo.

Ouvi uns zuns-zuns de que umas ideias mirabolantes estão para acontecer, ficamos à espera de novidades, que a Fátima está sempre a inventar. 🤓

 

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