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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Julho 29, 2022

imsilva

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E sem ti, mãe, continuamos a caminhar

Sempre à espera de te encontrar

ao virar de uma esquina, ou sentada a costurar

mas, estupidamente tu não estás

e nós continuamos a caminhar

e a perguntar; onde estás?

Falta-nos um pedaço, estamos incompletos

mas seguimos com um sorriso

precisamos de sorrir e assim

dar forças a quem as não tem

São três meses de estupefacção

de dúvidas e incertezas

de dor e tristeza

de uma tristeza serena 

que absurdamente se apoderou 

das almas e dos corações 

de quem te amou, de quem te ama

de quem te recorda, hoje e sempre!

 

Danças?

52 semanas de 2022 / tema 30

Julho 27, 2022

imsilva

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As músicas que me fazem dançar são tantas...

A minha adolescência foi no fim dos anos 70 e nos anos 80. Precisamente na época gloriosa da boa música que ainda hoje (e sempre) se ouvirá com o mesmo deleite.

Entravamos na discoteca às 23 h. e só saíamos quando nos mandavam embora (normalmente com uma música condizente de despedida) às 4 horas da madrugada. Outros tempos! Não consigo ouvir um bom ritmo sem bater o pé, o que significa, basicamente, que não saía da pista de dança.

Há pouco tempo atrás, apareceu uma música, que todos conhecem, e pela qual me apaixonei (quem não?) "Jerusalema". Tenho uma filmagem (valha-me Deus) da minha irmã e eu a dançá-la no Natal de 2020, entre outras, que escusam de pedir muito, muito, muito, que eu nunca mostrarei!

Não ouço muita música, normalmente tenho a cabeça cheia de barulho e quando chego a casa nem a televisão acendo, mas...tenho pena!

Os desafios da abelha

Julho 22, 2022

imsilva

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ROSA LOBATO FARIA, in O SÉTIMO VÉU (2003; Ed. ASA, 2017)

Lar é onde se acende o lume e se partilha mesa e onde se dorme à noite o sono da infância.
Lar é onde se encontra a luz acesa quando se chega tarde.
Lar é onde os pequenos ruídos nos confortam: um estalar de madeiras, um ranger de degraus, um sussurrar de cortinas.
Lar é onde não se discute a posição dos quadros, como se eles ali estivessem desde o princípio dos tempos.
Lar é onde a ponta desfiada do tapete, a mancha de humidade no tecto, o pequeno defeito no caixilho, são imutáveis como uma assinatura conhecida.
Lar é onde os objectos têm vida própria e as paredes nos contam histórias.
Lar é onde cheira a bolos, a canela, a caramelo.
Lar é onde nos amam.



 

Julho 13, 2022

imsilva

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Curiosamente, há várias coisas que me ficaram na memória na altura em que estudava num colégio de freiras.

Tenho 1,72 de altura, mas habituei-me a andar sempre direita, graças a algo que uma das freiras do colégio uma vez disse; "Temos de andar sempre com a cabeça levantada, com as costas direitas. É assim que se enfrenta a vida quando não fizemos mal a ninguém "

Eu era muito magra, um palito, e quando me fui despedir da Madre Mercedes por virmos para Portugal de vez, sabendo que vinha para um sítio de praia, a Madre aconselhou-me a usar um fato de banho de mangas compridas. Claro que o disse a brincar, mas hoje não acho que tivesse sido muito bonito.

Uma outra freira, não me lembro qual, ralhou-me quando chamei a atenção para uma colega que não tinha recebido o enunciado que a Madre estava a distribuir. Levei um raspanete porque, segundo ela, não tinha que me meter nisso. A colega é que deveria ter reivindicado, não eu. Com o tempo fui-me controlando, mas ainda hoje sou um pouco assim, chamo a tenção para algo que pode não ter sido visto por outros. Por vezes faço um esforço para não me meter, desenrasquem-se!

Retratos, pedaços de vida numa época em que somos uma amostra de gente que absorve o que nos rodeia, em que damos os primeiros passos em sociedade, em que aprendemos que existem muitas cabeças pensantes e nós começamos a ser uma delas.

Os desafios da abelha

 

Julho 11, 2022

imsilva

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MARIA JOÃO CANTINHO, in SÍLABAS DE ÁGUA (Ed. Ver o Verso, 2005)

OS AMANTES

Poderiam ter deixado tudo para trás de si
e tomar o último comboio da noite,
como anjos de Chagall,
que não conhecem senão a dança do amor.

Teriam, então, deslizado pelas sombras,
como figuras luminosas,
que se desenhavam no hálito da madrugada,
os corpos fundidos nos versos
que escreviam no coração um do outro.

Teriam sido felizes, deitados sobre a terra,
a olhar o céu, onde deslizavam animais feitos de algodão,
teriam esquecido os nomes um do outro,
para reaprender o apelo da água
e do sangue, o apelo da voz universal,
o canto derradeiro que os sonhava.

Era preciso ter esquecido tudo
O lugar onde se nasce,
a casa onde sempre se retorna,
era preciso ter esquecido tudo,
para reaprender esse enigma,
que se escrevia na flor do silêncio.

Poderiam ter esquecido tudo, para trás de si
e tomado o último comboio do tempo.


Óleo s/ tela : Deux Têtes À La Fenêtre, de Marc Chagall

 

Sentimentos na escrita

52 semanas de 2022 / tema 27

Julho 08, 2022

imsilva

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Quando escrevo sinto que estou a ter uma conversa comigo, sinto-me livre de expressar as minhas opiniões e sentimentos sem interrupções. Não há mais ninguém a dar palpites e a dizer de sua justiça, o que adoro.

É o meu momento, é o encontro entre o eu e o mim, entre as palavras e os pensamentos, entre a minha lógica, as minhas fantasias e a minha liberdade.

É o meu momento zen, em que uma página em branco a ser preenchida  a pouco e pouco por caracteres que expressam a minha mente, me liberta e relaxa, e até a ansiedade de perceber se o que escrevo faz sentido, faz parte do prazer que é escrever, simplesmente...escrever.

 

Os desafios da abelha

 

Objectivos para o futuro ?!

52 semanas de 2022 / Tema26

Julho 08, 2022

imsilva

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Neste momento, grito aos 7 ventos pedindo para me poder reformar ainda em condições de ser dona do meu tempo, para poder fazer com ele aquilo que entender sem ter de me responzabilizar por terceiros e quartos.

Quero ser crescida, quero dar passos nos caminhos que me apetecer, sem dar cavaco e sem ser obrigada a coisa alguma. Quero descansar os pensamentos, as decisões e as ânsias.

Ah!!!  Quero ser uma velha gaiteira e feliz!

Serão objectivos suficientes? 

 

Os desafios da abelha

 

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