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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Abril 28, 2023

imsilva

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No último post, deixei um pequeno texto de Osho sobre estar sozinho, e prometi que haveríamos de falar disso, e aqui estou!

Com seis décadas de vida, e sem nunca ter vivido sozinha, os anseios por ficar comigo a sós, são muitos. Diria mais, creio que está a ser uma necessidade premente.

Ficar sozinho é algo tão belo! Ninguém invadindo seu espaço, ninguém o tratando mal. Você em paz para ser você mesmo e deixando que os outros sejam como são.

Estas são as palavras que Osho escreveu e que eu subscrevo de alma e coração. 

Poderão dizer "tira uma semana, vai para algum lado sozinha, ninguém vai morrer por isso" e eu digo, é verdade, é tão simples que até chateia. Mas, por qualquer razão não o é. O que é, é a vida a impor-se, são responsabilidades de várias ordens, são questões morais que nunca deixariam esta cabecinha tranquila a usufruir de calma e paz no coração. As exigências do dia a dia, tanto emocionais como profissionais chamam e não permitiriam sossego e mente em branco.

Gosto de ficar em casa sozinha, mas isso não é mais do que umas horas, poderá ser o dia inteiro, mas não mais. Mas, digo eu, será que conseguiria ficar sozinha durante muito tempo? Não sei, nunca experimentei. Tirando o tempo em hospitais, com o nascimento das crias, e com os 10 dias de internamento com uma encefalite, que não pode contar porque de sossego não tem nada, nunca estive completamente sozinha. Daí ficar a dúvida, não começaria a panicar ao fim de dois dias? Gostava de tirar as dúvidas, e ficar a saber como é, (des)controlar os meus segundos, os meus momentos, tirar o relógio e seguir o meu coração, a minha necessidade.

Hei-de o fazer, não sei quando, provavelmente terão as constelações que se conjugar nos lugares certos e no tempo certo, mas sei que terei de o fazer para bem da minha sanidade mental. 

Deve de haver por aí tanta gente a chamar-me parva, a perguntar-se se estarei bem da cabeça por ter este desejo tão simples e que aparenta tanta dificuldade da minha parte. Mas, como diz o povo, cada um sabe de si, e eu sei que este não é o momento. 

 

Abril 21, 2023

imsilva

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Está de chuva, e ainda bem. 

O que seria da Primavera sem esta água bendita que mata a sede e ajuda a crescer plantas e frutos? Porque, já repararam que quando cai chuva tudo fica mais viçoso, mais verde?

Tudo e todos precisamos de incentivos para crescer mais e melhor, seja em forma de água, de amor, de sol ou de qualquer tipo de coisa que nos faça sentir bem, nos faça sentir que vale a pena andar por cá a respirar o mundo. 

Abril 19, 2023

imsilva

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Quando nós formos velhinhos
Cá em casa os dois sozinhos
De pantufas e roupão
Se ainda me deres ouvidos
Vou buscar-te os comprimidos
E cuidar-te da tensão

Se a pensão der para pagar
E se o tempo nos chegar
Vou levar-te de viagem
Podemos ir num cruzeiro
Ver os dois o mundo inteiro
Nem que seja à outra margem

E tocar no gira-discos
Aquela nossa canção
Será que a menina dança
E me dá a confiança
De pegar na sua mão

Toca então no gira-discos
Aquela nossa canção
Eu juro não ir embora
E ficar a noite fora
Agarrado à tua mão

Quando nós formos velhinhos
E estivermos sentadinhos
No sofá a ver TV
Vou dizer-te minha Anita
Tu ainda és tão bonita
Quem te viu ainda te vê

Quando nós formos velhinhos
E estivermos bem juntinhos
Debaixo do cobertor
Vou dizer-te em tom malvado
Que ainda estou apaixonado
E desejo o teu amor

Letra: José Fialho Gouveia
Música: Rogério Charraz
Álbum: O Coreto
Participação especial: Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho

Abril 07, 2023

imsilva

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Ontem fui assistir a uma tertúlia com estes dois monumentos da nossa cultura.

Nas comemorações dos 80 anos de trabalho de Ruy de Carvalho, temos Retratos contados. 

Vida e Obra deste grande senhor em conversa com uma sua grande amiga, Alice Vieira, que nos faz desejar ser assim quando formos grandes.

Raciocínio, memória, sentido de humor, projecção de voz e vontade de continuar a trabalhar, foi o que nos transmitiu a todos os que encheram aquele auditório.

Parabéns pelos 96 anos de vida, sabemos que não poderão ser muitos mais, porém, esperamos que sejam com a qualidade demonstrada nesta maravilhosa conversa.

Marrocos - I

O texto

Abril 04, 2023

imsilva

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Um país diferente, que visitei durante cinco dias, e que comecei no meu dia de anos num autocarro durante toda a noite.

Não estava nos meus desejos conhecer Marrocos, mas proporcionou-se, e avançamos. Não me arrependi, não há arrependimentos para o conhecimento e para novas experiências.

Como disse, fomos de autocarro numa excursão e isso sim é para arrependimento. São muitas horas de caminho, tanto cá como lá. De Ceuta a Marraquexe, passando e parando por Tânger, Larache, Casablanca, Rabat e Asilah é carne para canhão!

Mas, em todas as cidades encontramos diferentes pontos de interesse e diferentes paisagens. 

O que é que dá vontade de fazer em sítios em que a oferta de artigos está na rua à mão de semear? Pois é, comprar! Mas, tivemos um guia chamado Mohamed que não permitia paragens, prometendo sempre que nos levaria a melhores sítios, homologados e de confiança, onde poderíamos efectuar as compras dos souveniers em segurança. Tramou-nos bem tramados, porque os sítios não eram assim tão bons e o que ele queria era comissões. As compras tiveram de ser feitas à pressa, o que foi benéfico pois assim não se perdeu a cabeça como poderíamos ter perdido.  

O trânsito caótico ia-nos deixando com os cabelos em pé, sempre na iminência de assistirmos a um motociclista a ser passado a ferro por um dos veículos que não respeitando regras ou semáforos passam por todo o lado, sem olhar e sem medos porque julgam ter Maomé a olhar por eles.

Comer durante cinco dias o mesmo tipo de comida não é muito simpático, mas as saladas salvaram a situação. Os avisos e recomendações sobre a água, são muitos, até os dentes lavávamos com água de garrafa, tal era o medo. Deve de ter resultado, porque não houve problemas intestinais ou outros e tudo correu bem. Já a falta de álcool deixou alguns senhores com saudades de casa, saudades de uma cervejinha com o calorzinho que se fez sentir alguns dias. Nas refeições, houve sítios em que, choramingando como deve ser, se conseguiu um rose fresquinho, sempre pago à parte.

Algo que chama muito a atenção, é o contraste entre grandes palácios e zonas de casas que parece não terem acabado a sua construção, mas que têm os telhados (ou falta deles) cheios de parabólicas. Enfim, mais do mesmo, como no resto do mundo.

Foi uma experiência forte, vigorosa, mas não para repetir. Ficou visto, não me parece que umas férias de uma semana para descansar fossem ali passadas. É um sítio para calcorear, olhar, ver e cheirar. É um sítio com história, muita história que parece passar ao lado dos habitantes, como se não fosse nada com eles e com as suas vidas tranquilas de trabalho e convívio ao fim do dia, quando mesmo sem álcool, se juntam aos magotes nas praças das cidades. 

Estamos no mês do Ramadão, às 7 horas da tarde não se viam homens na rua, estavam todos metidos em casa a começar a sua 1º refeição do dia. Esperava com expectativa ouvir os chamamentos dos minaretes, espalhados por todos so sítios. São feitos por homens, nunca por mulheres, e em directo, não são permitidas gravações. São momentos que tocam, há muita fé e dedicação da parte de um povo a quem parece que tuda dá igual, mas que seguem à risca as suas convicções e hábitos.

Salam Aleko

 

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