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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Abril 29, 2024

imsilva

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Partiste há dois anos

Mas, partiste para onde?

Eu sei, estás connosco, no nosso âmago, 

Estás connosco na maneira como dizemos o que tu dizias, ou quando replicamos os teus gestos, movimentos e hábitos.

Mas, falta-nos o teu cheiro, o teu toque, o teu olhar, o teu sorriso quando vias os teus, as tuas opiniões positivas ou negativas, às invenções que te apresentávamos e às quais reviravas os olhos e franzias o nariz.

Como foi possível que tenhas partido há dois anos, e a vida continue todos os dias? que o sol continue a sair e a iluminar-nos, como se nada tivesse acontecido? Que as flores continuem com as suas cores garridas, se tu já não estás para cuidar delas?

Mãe, um dia vamos conversar sobre o assunto, e tentar perceber como certas coisas são possíveis.

Um dia...

 

 

Abril 24, 2024

imsilva

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Escrever

Vontade de escrever, obrigação de escrever, necessidade de escrever, talvez escrever, seja suficiente e quem gosta de escrever vai-me entender.

Há algo na preparação da escrita, encontrar o espaço, escolher a maneira de o fazer, seja em papel ou em teclas, que nos faz antecipar o prazer do resultado, a expectativa da harmonia de palavras e frases que nos prolongam, nos complementam, traduzem desejos, ideias, que dão azo à imaginação que guardamos cientemente e que no texto podemos lançar ao mundo.

Não é preciso ter o talento de um escritor, só precisamos de vontade e gosto em juntar as letras do abecedário e exprimirmos gostos, sensações, ideias mais ou menos arrumadas e depois sabermos que um pouco de nós ali ficou.

Se a ideia não é publicar um livro, isto será suficiente para aumentarmos um pouco a nossa felicidade. 

Os óculos

1Foto, 1 Texto

Abril 19, 2024

imsilva

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Esqueceram os óculos...

Do que mais se terão esquecido? Espero que não tenha sido da dignidade ou da humildade, ou do respeito, que tanta falta faz neste planeta, e que parece ter caído em desuso.

Juro que encontrei esta árvore assim, já com os óculos postos. Não deixa de ser caricato, uma árvore visivelmente com muitos anos terá com certeza a vista cansada, e com o sol a bater nela durante séculos, o esquecimento talvez tenha sido, afinal, uma benesse, um acto de bondade e de altruísmo acidental.

O divórcio

1 Foto, 1 Texto

Abril 12, 2024

imsilva

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Hoje li algures que a morte dos avós é o divórcio da família.

E se pensarmos bem, é o que acontece em muitas. Os avós são o elo de ligação, o pilar que une pessoas diferentes com maneiras de pensar dispares, e que tentam tapar essas diferenças por amor aos patriarcas. Na minha família, também existem pessoas diferentes, e não sei como será o futuro quando já não tivermos o pilar que ficou a segurar-nos. 

A partir do momento em que a nossa própria família cresce, quando aparecem os netos e passamos a ser mais que muitos, deixamos de sentir falta dos que nos acompanhavam na infância. Ou então é o meu egoísmo que assim fala, o meu individualismo que se sobrepõe a confusões e obrigações para as quais me falta a paciência.

Não podem pedir mais sinceridade e honestidade do que esta. Fico a pensar se deveria ter escrito isto...

Esta fotografia tem patriarca, filhos, netos e bisnetos. Foi a comemoração dos 87 anos da matriarca que já não estava entre nós. Foi com muito amor e carinho que nos reunimos nesse dia, mas será assim no depois de...? 

Abril 10, 2024

imsilva

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 Maria Saraiva de Menezes  escreveu uma história por dia, durante três anos.  Aqui se encontram 1095 histórias de emoções, sentimentos, vivencias que poderiam ser de qualquer um de nós. Com mestria, inteligência  e sensibilidade, retratou a vida e contou a maravilhosa diversidade humana que existe. Para mim, que estou na leitura deste livro, com calma e parcimônia, para ser absorvido e apreendido como ele merece, só posso dizer que vale muitíssimo a pena.

Este post deveria estar na sua casa livrosecoisasdavida.blogs.sapo.pt, mas como este tem poucas visitas, achei por bem publicar neste blog para mais divulgação, porque merece que mais pessoas saibam da sua existência.

                                                                   

Firmino tinha o hábito de escrever cartas a si próprio para não se sentir tão sózinho. Costumava começar por cumprimentar, amavelmente, perguntando sempre pela família. Depois, contava as novidades a si próprio, que ele já sabia, mas fingia desconhecer, por educação. Terminava a carta despedindo-se elegantemente e pedindo para escrever de volta. E acrescentava: P.S: Queira fazer o obséquio de aceitar esta carta a pagar os portes no destinatário.

Que tal?

Eu, gata, me confesso.

1 Foto, 1 Texto

Abril 05, 2024

imsilva

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A mãe da minha dona Maria, a Isabel, (creio que conhecem), tem andado muito ocupada com os netos, com o pai, com o trabalho, com a neura, enfim, não tem vindo aqui a este cantinho à beira net plantado (como ela diz). Aliás,  creio que tem ponderado a entrada num convento de clausura. Vai daí, incumbiu-me a mim, Angie, a missão de vos dizer qualquer coisa neste desafio que ela própria criou.

O que hei-de eu dizer? Que esta minha vida de gata é muito complicada. Quando me quero deitar para relaxar e dormir um bocadinho, tenho que escolher entre vários spots, o que é realmente estressante. Será neste sofá, ou naquele? Talvez seja melhor naquela manta ou então naquele pedaço de chão onde o sol está a bater. Indecisões que me baralham o cérebro.

Quando vão pôr a ração na taça, tenho de me conter e esperar que a gulosa da minha filha Mallu, vá comer primeiro. Mesmo com 2 taças, ela quer sempre comer da minha, filhos...

Ah! Esqueci-me de dizer que outro dos focos de neurose da Isabel é os pelos que deixamos por onde passamos e as arranhadelas casuais nos sofás e afins. Não entende que somos simplesmente gatas, e que na vida há coisas que fogem ao nosso control. Creio que esta parte ela aguenta melhor porque não chateamos ninguém, somos calminhas.

Não sei se gostaram deste post escrito por uma gata, mas, pode ser que pegue e mais animais o façam. Quem sabe se passam a entender-nos melhor. 😻

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