E lá vou eu juntar letras e palavras para ver se sai alguma coisa.
Estou a zero, não sei sobre o que hei-de escrever, mas sei que elas (as palavras) puxam umas pelas outras, e que são como as cerejas, come-se uma e não se resiste a comer mais.
Para além disso a vida tem sempre muito que se lhe diga, está cheia de sentimentos bons e menos bons, de surpresas que nos atingem todos os dias e nem sempre das melhores, de lutas diárias a que nos mandamos com garra e vontade de vencer, ou de lutas que não temos capacidade para vencer e em que acabamos por nos dar por vencidos.
Tudo isto é verdadeiro, por vezes muito triste, por vezes com bons resultados, dependendo da genica e empenho que se ponha no assunto.
Isto será o cerne do ser humano e das suas capacidades. Depois temos o envolvimento, a paisagem, literalmente. A Natureza, o sol, um céu que poderá ter várias cores, o oxigénio do verde das árvores, a água do mar que nos dá tranquilidade ou nos ajuda a despejar frustrações e angustias,
Com um pouco de sorte teremos também outros seres que nos ajudam a manter a sanidade mental, a carregar os pesos inerentes a decisões e a festejar as conquistas da tal vida que ninguém disse que seria fácil.
No final o saldo, salvo raras excepções, é positivo. Atrás de uma tempestade vem sempre a bonança. No caminho temos momentos maravilhosos que nos ajudam a seguir nos que não são tão bons, e aprendemos. Aprendemos que temos de saber aproveitar o que temos nas mãos e sentirmos que não precisamos de muito mais. Aprendemos que isto é uma passagem e que bom é podermos fazê-la acompanhados dos outros seres que também fazem o seu melhor para isso. Aprendemos (creio que alguns não foram às aulas nesse dia) que não vale a pena guerrear por coisas que não merecem importância, ou outras que com a devida calma poderiam ser resolvidas, e que a tolerância faz parte do nosso vocabulário.
Antes que as palavras se esgotem acabo esta reflexão que começou do nada, e provavelmente no nada acaba. Porque assim é a tal vida...