Maio 28, 2025
imsilva
Descansar
Relaxar
Respirar
Merecer
Paz
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Maio 28, 2025
imsilva
Descansar
Relaxar
Respirar
Merecer
Paz
Maio 23, 2025
imsilva
Eu sei, na foto só existem palavras, faltam as cerejas, mas como eu faço e resolvo tudo à última da hora, foi o que se pode arranjar.
Dizem que as palavras são como as cerejas, quem come uma não consegue parar de as comer, ou de as ler...
ADORO cerejas, mas num belo dia da minha adolescência, tive o azar de comer muitas e só no fim descobrir que tinham bichinhos. Alguém se lembrou de abrir uma e lá estavam umas parvas de umas lagartinhas a dar ao rabo. Deixei de as comer, e ao fim de bastante tempo, atrevi-me a tentar novamente tendo o cuidado de as abrir primeiro. Foi um verdadeiro trauma.
As palavras também têm o seu quê, podem ser pétalas de flores ou pedras arremessadas sem dó nem piedade. Eu ADORO (para que não se sintam menos do que as cerejas) palavras. Escritas, lidas, pensadas, faladas, nunca deixarão de ter uma tremenda beleza, em qualquer uma das formas terão sempre o poder do entendimento, a força da interpretação, a importância da expressão de pensamentos.
Por isso pego num livro, abro-o e perco-me lá dentro. Entro noutros sítios que não o meu, viajo por outras paragens, e leio palavras de outros que sabem utilizá-las muito bem, que sabem brincar com elas e nos transportar a situações que nos ensinam tanto, que nos fazem rir, chorar, pensar e muitas vezes tirar conclusões preciosas para a nossa vida. Mostram-nos realidades que não conhecemos no nosso entorno mas que muitas vezes existem camufladas de caras sorridentes, dizem-nos verdades que não imaginaríamos, e dão-nos esperança com a imaginação, quando nos contam histórias de princesas e de príncipes encantados.
Eis o porquê da minha paixão por palavras, porque nos dão mundos que nos ajudam a viver no nosso, porque nos ajudam a entender os nossos pares e a podermos dizer de nossa justiça, sempre que necessário for.
Mas tenhamos cuidado, demos-lhes uma boa utilização, não as desperdicemos em maus dizeres ou em insultos gratuitos que magoam quem as ouve. As palvras são tão bonitas, não as estraguem.
Maio 16, 2025
imsilva
Pode ser anos, pode ser meses, pode ser 1 dia, ou num segundo tudo acabar.
Abnegadamente tememos, pensamos, tentamos fazer o apanhado do que já foi e do que gostaríamos que ainda fosse sem qualquer garantia de cumprimento.
Sentimo-nos maiores do que os que não conseguiram continuar, dos que já não conseguiram realizar os seus sonhos, porque não conseguimos imaginar, nem aceitar que há uma roleta, pronta a indicar um qualquer dos que por aqui andam a sorrir (ou não), e o ponteiro não tem discriminações.
E depois temos os que já vividos sonhos, alegrias e desgostos, esperam com a angústia no olhar o seu momento. Tentam racionalizá-lo sem grandes resultados. Tentam convencer-se que já fizeram tudo quanto podiam fazer, e que chegou a sua hora, mas não conseguem disfarçar que é mentira. Querem ver os filhos a vingar na vida, os netos e os bisnetos a crescer, querem estar lá para eles, para lhes dar um conselho, para dar aquela ajuda moral que só os mais velhos sabem dar.
No entretanto, o sol continua a aparecer todos os dias, porque mesmo encoberto sabemos que está lá. Vamos dando os passos que nos levam a vitórias e derrotas, a lágrimas e a risos. Vamos dando abraços aos que nos rodeiam sem saber se será o último, e ainda bem que assim é.
Quem quer saber até quando é que cá estamos? Não vale a pena, olhem para o céu, não é lindo?
Maio 14, 2025
imsilva
Lágrimas Ocultas - Florbela Espanca
Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida …
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago …
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim …
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
- ✍️ Florbela Espanca
Maio 09, 2025
imsilva
Quando me perdi de mim, me perdi do mundo, das cores, dos cheiros, dos sons, do querer
Quando me perdi de mim, veio a escuridão, veio o silêncio, veio o medo
Quando me perdi de mim, me perdi no vento norte e me arrastei por um céu inóspito que não me quis recolher
Quando me perdi de mim, perdi a minha sombra encerrada no vazio, perdi as recordações que me seguravam, perdi o amor que me obrigava a viver
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