Há mudanças na vida propositadas e as que nos obrigam a fazer, como estas por que todos estamos a passar, por causa dum mínimo e parvo vírus que nos virou a existência de pernas para o ar.
Uma das vantagens, é que ao fim de 7 anos fomos à praia em família. Trabalhos desencontrados é o que dá, quando uns podem, outros não. Depois do confinamento, ainda conseguimos esta proeza. Agora, já trabalhando a oportunidade foi-se.
Entretanto, o negócio abriu portas e a ansiedade foi mais que muita. Quem lida com público sabe que dependemos muito dele, se está bem disposto, se acordou com os pés de fora, se só está rabugento ou se é assim de nascença. Infelizmente levamos com eles, estejam eles como estiverem. Não digo mal dos clientes, falo só de alguns que felizmente são uma pequenina minoria.
Numa crise como esta em que há milhentas regras para serem cumpridas, mais difícil é gerir os incautos, ou os que se julgam acima de qualquer lei ou regra que foram criadas só para os outros, não para eles.
Passei por um período terrível na preparação da reabertura. Visitei menos a blogosfera, não tive ânimo para comentários, escrevi os 2 últimos desafios dos pássaros porque foram desabafos passados ao papel, e refugiei-me no colo dos livros o que também deu publicações.
As coisas estão a tomar forma, já me sinto a normalizar e tive necessidade de escrever sobre o assunto, de registar esta fase neste diário de bordo, onde a minha vida tem sido gravada sem ter dado conta disso, foi mais uma consequência da abertura deste blog, ou desta minha característica de ser eu sem filtros nem histórias inventadas.
A vida segue, com vírus ou sem ele, ( seria tão bom) e como sempre o ser humano adapta-se, contorce-se, vira-se e continua.