Fevereiro 17, 2023
imsilva
Por vezes é preciso saber onde estamos, onde queremos estar e até onde podemos ir. Respirar é preciso!
Foi a resposta que dei num comentário num blog que dizia que ia parar por enquanto.
As necessidades de um, diferem de outro. A vida de um, não tem nada a ver com a vida de outro. Há quem não tenha tempo para pensar, e há quem tenha tempo demais.
Neste momento, não sei o que quero, onde quero estar ou até onde quero ir. Não ando a correr, tenho tempo, mas não o discernimento para utilizá-lo. O blog dá-me a calma de estar comigo, de desabafar, é o meu psicoterapeuta, é o meu saco de pancada, é o cesto dos papéis onde se despejam os sentimentos, as emoções que não queremos que ninguém ouça, que ninguém veja.
Isto não são coisas de uma sexagenária, de uma senhora com idade para ter juízo, mas, talvez sejam coisas de uma pessoa que já sentiu e vivenciou muito. Não coisas terríveis, mas, simplesmente coisas, daquelas que todos os que têm alguns anitos vivem. A perda das nossas pessoas, apesar de ser lei de vida, a criação e o crescimento dos descentes e seus derivados, a sensação de que não se fez tudo o que se devia ou podia, que algo importante se deixou para trás, mesmo não sabendo o quê. Que algo nos espera, que somos capazes de mais alguma coisa, mas que nos escapa, deixando-nos ansiosos e com taquicardias estúpidas, porque quando olhamos à volta pensamos, o que é que queres mais?
E a importância de ser, onde fica? Ali, ao virar da esquina, é só caminhar até lá.
E aqui está a prova do que acabei de escrever, desabafei sentimentos que não tendo onde os largar, despejei no blog, como se de um sofá de consultório se tratasse. Poupei umas moedas e não me mexi do meu cantinho.