Abril 01, 2020
imsilva
Encontrei este texto, que escrevi logo no inicio desta maluqueira, e que me devo de ter esquecido de publicar na altura. Este blog é um pouco como o meu diário, por isso não poderia deixar de o publicar e partilhar. Como tal, e como sei que não têm mais nada para fazer, aqui vai.
Surreal, sinto-me num filme, simplesmente inacreditável ainda.
Todos fechados (ou quase) em casa, avós numa casa, filhos noutra, nós noutra e o esforço para não nos misturarmos, o esforço de não nos infectarmos uns aos outros, no caso de um já o estar.
Empresas e negócios fechados por imposição do bom senso e na tentativa de quebrarmos uma cadeia de contágio que neste momento liga o mundo (planeta).
Até aqui, muito nos queixávamos das alterações climáticas, de todas as mudanças a que assistíamos de bancada, boquiabertos por não acreditar-mos no que estava a acontecer à frente dos nossos olhos e sentidos.
Pelos vistos não estava a ser suficiente, e então, tomem lá um viruzito que nunca imaginaram, para perceberem o pequeninos que são e o pouco que valem.
Bolas! Então nestes aninhos todos, que por cá andamos, não aprendemos nada? Pensamos que somos os maiores, que sabemos tudo, tudo, tudo, e depois aparece uma coisinha que nem tamanho tem, e põe-nos de pantanas, em estado de pânico, e completamente à sua mercê?
Eu nem sei se o que estou aqui a escrever tem alguma lógica, creio que o que estou a fazer é ver se consigo entender através do que escrevo. Finjo que escrevo para outros, quando no fundo, é para ver se eu própria entendo o que estamos a viver.
O meu sítio parou, o comércio está fechado (salvo os essências à sobrevivência), as ruas estão desertas, isto é um filme de ficção científica em 3, 4, 5, 6, ou 7D???