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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Um sonho (parvo)

1 Foto, 1 Texto

Janeiro 24, 2025

imsilva

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Paz, descanso, tranquilidade, tempo, conforto.

Algumas das palavras que deveriam constar na lista da palavra do ano.

Não serão palavras para todos, alguns gostam do bulício, do movimento, da resolução de problemas, do ter que fazer. Lamento, não pertenço a esse grupo. 

A idade traz regalias (supostamente) e a utilização destas palavras a torto e direito, deveria ser uma delas. E não só a utilização, como o proveito todo, completo, sem penas ou agravos.

Vou propor a lei do direito a três dias por semana sem qualquer obrigação ou tarefa, seja ela, ir para o local de trabalho, fazer comer, lavar loiça, por roupa a lavar ou varrer o quintal. Direito a ter um cantinho onde só entrem almofadões e cadeirões confortáveis, uma sombrinha no Verão e uma lareira no Inverno. Mais importante que tudo, entrada livre a todos os livros desejados.

Ok. Agora já chega! Vou trabalhar! 

Fênix ou Phoenix

1 Foto, 1 Texto

Janeiro 10, 2025

imsilva

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Fénix ou Phoenix  -  Feng Huang

Ave mítica que representa o fogo, o sol, a justiça, a obediência e a fidelidade.

 

A mim parece-me uma ave com muita responsabilidade, com muita carga em cima, sob a qual não se pode dobrar. Tem de estar a renascer das cinzas constantemente. Todos se apoiam nela, todos se guiam pela sua respiração, todos se refugiam no seu calor, na sua sombra, na sua força.

Não seremos (quase) todos um pouco (muito) fénix? Haverá sempre quem nos necessite, quem conta connosco para atar um atacador, a quem teremos que indicar o norte ou a alguém a quem ouvir e acalmar as mágoas.

E quando chegar a nossa vez de necessitar um ombro onde deitar a cabeça e chorar, enfiaremos a cabeça debaixo dos lençóis e sem fazer ruído choraremos em seco para não incomodarmos ninguém.

1 de Janeiro de 2025

1 Foto, 1 Texto

Janeiro 03, 2025

imsilva

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Não, não tirei esta fotografia num tranquilo passeio à beira mar num bonito dia de folga. Tirei esta fotografia no fim de 7 horas de trabalho duro, em que antes de entrar no carro para ir para casa, fui espreitar a praia que fica a 40 metros e que não aproveito como deveria.

É beleza pura, é arte da natureza, é de graça, e nem sempre é valorizada.

Há muito que não via um pôr-do-sol no mar e por ser parva, uma vez que tenho a praia tão perto. A benção que é ser inundada por aquelas cores mutantes, o conforto que recebemos é ímpar. Creio que é um refúgio aos pensamentos, tudo fica para trás e só importa aquele momento, aquela despedida do dia que aconteceu e a esperança no dia que virá.

Um Bom Ano de 2025 

A minha toalha de Natal

1 Foto, 1 Texto

Dezembro 27, 2024

imsilva

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Não, não é um conto. É o testemunho de um dia que se desejava com mais saúde, e que eu, teimosamente pus na mesa para cumprir tradição. Não a vou tirar, no dia 3 de Janeiro, quando todos estiverem capazes, será em cima dela que poremos os pratos e as iguarias que faltaram no Natal. Será o nosso Natal de casa adiado, será a reunião de família que não pudemos ter no dia 24.

Afinal, o Natal é quando o homem quiser. 🌟🎅

Um Natal desejado

1 Foto, 1 Texto

Dezembro 20, 2024

imsilva

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Lá fora já brilhavam luzinhas de Natal, já a televisão debitava sugestões de prendas para todas as idades, e já todas as crianças ansiavam pela vinda do pai Natal. Mas, lá dentro, naquele edifício grande, Duarte acordou em sobressalto. Sonhara que a mãe era levada, empurrada por um vento violentíssimo sem conseguir lutar contra ele. Já de olhos bem abertos, lembrou-se que já não estava em casa, que já não estava com a mãe. Estava numa casa de acolhimento após o terem ido buscar a casa, depois de uns problemas que a mãe tinha criado. Duarte bem sabia que a mãe não estava bem, precisava de uma arejada, talvez de uma ajuda médica. No dia a seguir depois de uma noite não muito bem dormida, a Dra. Cristina veio falar com ele. Veio dizer-lhe que a avó, que chegara a visitá-lo quando era pequenino, não fazendo ideia de porque o tinha deixado de fazer, queria vê-lo, falar com ele, saber se ele estava bem. Duarte ficou confuso, não se lembrava dela. Tinha falado com ela uma vez ao telefone por insistência de sua mãe, e pronto. Era a mãe do homem que seria seu pai, mas que não tinha querido. O que queria agora? Quando chegou o dia marcado, Duarte estava assustado. Entrou na sala e viu sentada na mesa de casa de jantar, uma mulher não tão velha como as avós costumam ser. Pediram-lhe para se sentar na cadeira ao lado, e fê-lo com o olhar posto no chão. - Olá Duarte - disse a mulher. - Olá - respondeu ele. Depois, depois foi uma longa conversa, ou diria melhor, um quase monólogo. A avó falou-lhe do seu afastamento, da preocupação contínua que tinha por ele, das razões que tinham levado àquela situação e que ele um dia entenderia melhor. A vida não era só coisas bonitas e tinham de saber lidar com o outro lado, o lado dos problemas, das coisas mais escuras, e do trabalho para lhes dar luz e paz. Era um situação mesmo muito complicada, mas ela estava ali por ele e para ele. Depois dessa visita houve outras duas em que a avó quis saber dos seus gostos, qual o seu prato preferido, qual a sua brincadeira favorita, se gostava do que aprendia na escola, do que gostava de fazer quando não estava lá. Duarte acabou por sentir que aquela senhora gostava dele, que o olhava com ternura e interesse, que era meiga e carinhosa, quem sabe, talvez pudesse confiar nela. Dois dias depois da última visita, apareceu novamente. Sentaram-se os dois na sala e a avó perguntou-lhe se gostaria de de ir passar o Natal com ela e com a família que ainda não conhecia. Eram tias, primos mais ou menos da sua idade, o avô e ainda um bisavô, coisa que o Duarte não pensou que teria. A criança ficou pensativa, deveria ir? Como seria estar no meio de tanta gente que não conhecia? E a sua mãe, com quem iria passar o Natal? Eram demasiadas perguntas para o rapaz que há um mês tinha deixado a mãe. A avó compreendendo as dúvidas do neto, disse-lhe que poderia pensar com calma e que depois poderia dar a resposta à Dra. Cristina, que por sua vez lha comunicaria. Houve uma conversa entre o Duarte e a sua responsável, chegando ambos à conclusão que valia a pena a tentativa de aproximação que a família pretendia, a esperança brilhava nos olhos do rapaz. No dia 24 de manhã, a avó apareceu com um grande sorriso e pegando na pequena mala do Duarte, deu-lhe a mão e dirigiram-se ao portão de saída. A senhora sentia que algo estava a começar, sentia-se feliz como há muito não sentia. O neto, apesar de apreensivo e tendo em conta que tinha sido sempre só ele e a mãe, levava o coração leve e os desejos de finalmente conhecer uma família. Os dois olharam-se olhos nos olhos, e sorriram um para o outro, iam ter três dias para entender o passado e preparar o futuro. Ao passar por um largo, ouviram um grupo coral  que cantava "a todos um bom Natal". 

Uma lua perdida?

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Dezembro 13, 2024

imsilva

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Sozinha, abandonada? Não, talvez um pouco perdida, afinal o dia não é a sua praia.

Mas, não é que fica tão bonita no meio de tanto azul? 

Talvez o seu sítio seja onde é precisa, onde a necessitam, talvez alguém nunca a tenha visto por só de dia olhar para o céu.

Um ponto, um ponto clarinho e pequenino na imensidão da abóbada celeste, a mostrar que tamanho não é sinal de importância, a mostrar que a humildade importa, a mostrar que isto é maior do que imaginamos.

Quando está na escuridão da noite, é um farol que guia pensamentos e emoções tantas vezes transpostos para o papel dos poetas e dos apaixonados. É um farol que nos alumia e nos dá alento na tristeza da noite escura.

Mas agora e aqui, está na claridade do dia, e que bem que fica no azul do céu.

 

Calma e serenidade

1Foto, 1Texto

Novembro 22, 2024

imsilva

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A calma e a serenidade reinavam. A paisagem trazia com ela um suspiro de resignação e aceitação. Algumas lágrimas escondidas, viviam apesar de tudo. As contrariedades não deixavam de ser reais, não deixavam de ser pecados de quem não queria saber, de quem não sabia chorar. O desrespeito era avassalador, mas como tudo o que girava na elipse estelar, o positivo e o negativo, o ar e a terra, o fogo e a água, o preto e o branco, degladiavam-se teimosamente com armas pueris e degradantes, sem olhar em frente, sem olhar para trás, como se os cinco sentidos não se fizessem sentir.  Inocentemente, a calma e a serenidade reinavam.

Amor no Buddha Eden

1 Foto, 1 Texto

Novembro 15, 2024

imsilva

No Buddha Eden encontramos o amor em belas estátuas espalhadas por aquele bonito recinto.

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O amor também pode doer, e com ele, aprender

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O amor de família é extensível ao infinito

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O amor é cuidar

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O amor é abraçar o coração do outro

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O amor é caminhar juntos

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O amor é estar lá

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O amor é proteger

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