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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Quando me perdi de mim...

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Maio 09, 2025

imsilva

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Quando me perdi de mim, me perdi do mundo, das cores, dos cheiros, dos sons, do querer

Quando me perdi de mim, veio a escuridão, veio o silêncio, veio o medo

Quando me perdi de mim, me perdi no vento norte e me arrastei por um céu inóspito que não me quis recolher

Quando me perdi de mim, perdi a minha sombra encerrada no vazio, perdi as recordações que me seguravam, perdi o amor que me obrigava a viver

 

 

Pode ser camélia?

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Abril 25, 2025

imsilva

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No dia 25 de Abril de 1974, disseram-me que não iria à escola, que havia guerra em Lisboa e a escola estava fechada. O meu tio tinha ido a Lisboa tratar de qualquer coisa e a minha avó chorava com medo. 

Há distância de alguns dias, percebi que sim, tinha acontecido algo, algo bom, mas já resolvido e com bons resultado.

Em minha casa era mais importante viver o dia a dia do que meter-se na política. Eu não tinha noção de que tínhamos vivido em fascismo e  em casa não se falava disso. Tínhamos vindo de Espanha há uns meses e foi tudo muito rápido.

Ao longo dos anos fui entendendo os meandros que envolvem os governos, e percebendo os direitos e deveres a que o cidadão está sujeito a bem da civilização e harmonia no convívio entre pessoas.

Vejo na televisão, neste momento, seres humanos contra outros seres humanos porque não têm as mesmas opiniões e ideologias, e pergunto-me onde estão os direitos e deveres destes cidadãos.

Vamos continuar a lutar para que a liberdade, porque os nossos antepassados lutaram, continue viva e em pleno vigor. Vamos continuar a lutar para que a liberdade de expressão e de opinião, não fique encarcerada em mentes pequenas e mesquinhas.

Não tenho cravos, pode ser uma singela camélia? 

Os que não estão

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Abril 18, 2025

imsilva

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As palavras puxam palavras, os pensamentos vêm uns atrás dos outros sem pedir licença, e assim no dia de hoje, vieram lembranças e recordações das pessoas que já não estão.

Familiares, amigos, um exército de pessoas que tenho a certeza zelam por mim. A morte deixou de ser algo confuso. Lembro-me de em criança o cemitério ser assustador, tentava não respirar aquele ar, não sei muito bem porquê. Agora é o sítio onde estão pessoas que eu amo, que fizeram parte da minha vida, de uma maneira ou de outra, e são tantos.

Sinto-me dividida entre a vida que já foi e a que hoje é. Falava, pedia conselhos, trocava ideias com quem já não o posso fazer, e agora continuo a fazê-lo com quem está, mas sempre com as palavras dos outros na memória.

Um dia também vou faltar, e espero que alguém sinta como eu, que sintam que as minhas palavras fizeram sentido e que a minha recordação conforta.

Boa Páscoa.

Desgaste

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Abril 11, 2025

imsilva

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Tudo se desgasta, até o muro supostamente resistente ao tempo, aos transeuntes, ao clima que varre a sua superfície com sol, vento, água, areia e o marca indelevelmente com histórias e rugas, belas rugas.

As minhas (nossas) rugas também são assim. Vão traçando as linhas da vida que aconteceu e as histórias que por elas passaram. Boas, más, por vezes ambíguas, mas inexoravelmente fazendo parte do que nós somos. Sorrisos, lágrimas, alegria, dor, marcas que nos acompanharão para sempre, e poderão fazer de nós melhores ou piores pessoas, conforme as conseguirmos gerir.

Felizmente, o sol, a chuva e o vento, continuam a fazer parte do todo a que nos agarramos nos maus e nos bons momentos. Ajudam-nos a sentir que a vida continua e que mesmo com mossas, nós também continuamos.

Abril 04, 2025

imsilva

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Pois, as mudanças a que assistimos! Os pombos já não param só nas praças e nos pombais, agora já vão à praia também, tirar o lugar às gaivotas.

E assim, num belo dia de sol, daqueles que hoje em dia escasseiam, lá foram eles todos inchados ver o mar, onde ficaram a pensar se lá haviam de ir molhar as patinhas. Não vi se o chegaram a fazer, mas uns banhinhos de sol, isso apanharam.

Quando pedi licença para tirar umas fotos, não fosse eu ser processada, lá aceitaram e fizeram as suas melhores posses (?). Aqui está a prova, que eu cá não sou de mentiras.

Eu outra vez, 😺

1 Foto, 1Texto

Março 28, 2025

imsilva

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Olá amigos!

Aqui estou eu novamente. A Isabel anda muito ocupada e pediu-me fervorosamente que me encarregasse do post de hoje.

Diz que estou com uns bigodes muito bonitos e que os poderia mostrar aos leitores que visitassem este cantinho.

Ela diz que não, que eu e a minha filha não somos dela e sim da Maria, mas, vai-se a ver e ela é que quer mostrar-nos, e gaba-se da nossa beleza, dos nossos bigodes e do nosso companheirismo. Sim, porque para onde ela vai, nós vamos. Vai estender roupa ao quintal, nós também vamos, vai aos quartos e nós atrás, senta-se no sofá, e ali abancamos seja na manta ao seu lado, seja no braço do sofá.

A Isabel anda a ralhar muito comigo, porque agora criei uns spots novos. As cadeiras das secretarias que ficam brancas de pelos, ou um armariozinho que deixaram semi-aberto, ou até mesmo a cama dela. Vou-me rindo porque de vez em quando andam à minha procura, e eu muito descansadinha na cama de algum deles. Mas eu não tenho culpa de terem umas mantas tão fofinhas em cima da cama, são irresistíveis e muito tentadoras quando não há humanos em casa.

Não sei se ela vai gostar que tenha escrito tanto, mas tenho que aproveitar as ocasiões, não é?

Meus amigos, gostei muito deste bocadinho. Até uma próxima!

Angie 😻

Março 21, 2025

imsilva

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A poesia pode ser...

Percorrer um caminho empedrado com passos delicados

Beber de um riacho de água cristalina que parece cantar

Fazer uma oração à vida com palavras e emoção

A magia do jogo das letras num tabuleiro de esperança

A flor que dá cor e brilho a uma existência mais cinzenta

O desafogo dos sentimentos expressados em arte

Uma tentativa de beleza com paixão

Fazendo o pino

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Fevereiro 28, 2025

imsilva

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Já vos aconteceu quererem fazer o pino para ver se as coisas ficam mais bonitas de outro ângulo?

Tenho a certeza que sim. Eu já, muitas vezes. Que mais não seja para mudar a vista.

Por outro lado, o pino fazemos nós muitas vezes quando temos que resolver alguma coisa, e percebemos que sem fazer o pino, não vamos lá. 

Os anos passam e as coisas não ficam mais fáceis como nos prometeram. Sentimo-nos enganados "onde está o sossego que disseram que os anos traziam?". Deve de ter ficado na alfândega, não deixaram passar porque gostam de nos ver a fazer o pino.

E quando a paciência se esgota depressa? Felizmente existe a resiliência, e com ela damos uns passeios, mostramos-lhe a paisagem, e pedimos-lhe ajuda.

Este foi o pino que tive de fazer para o desafio desta semana. Mesmo sem querer, as verdades vêem ao de cima e eu não engano ninguém. 

 

Mar de dor

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Fevereiro 21, 2025

imsilva

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Mar de dor

Mar de fúria, de desespero, de loucura, de sofrimento

Mar de quem não sabe onde ir, de quem ficou sem norte

Mar de quem não compreende, de quem tem só interrogações

Mar de quem espera por uma nova onda, quem sabe se não será a onda da salvação?

Mar acalma-te, ensina um caminho, mostra compreensão

Mar, sê o pai, sê a mãe, beija com ternura, beija com o amor que salva

Mar da esperança de quem te olha a chorar

Mar do poder, mostra a tua força na redenção, deixa viver

Camélias

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Fevereiro 14, 2025

imsilva

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Hoje vou dedicar este post às camélias.

Vou aproveitar o dia dos namorados (eu que não sou de dias dedicados), e escrever sobre flores. Tenho-as no meu canteiro, são demasiado rápidas na sua beleza e simplicidade. Quando aparecem, temos de olhar depressa, usufruir da bonita visão antes que caiam e nos abandonem. Por outro lado temos a folhagem que está lá todo o ano, e que nos ajuda a fazer ramos com outras flores pela sua durabilidade.

Por alguma coisa fui lembrar-me de fazer esta conjuntura de namorados e camélias. É que esta planta dá para todos os gostos, a flor lembra os amores fugazes, que ainda no encantamento vão por água abaixo por dá cá aquela palha, e as folhas lembram os amores resilientes, que apesar dos anos, de algumas mágoas e dos tropeções, resistem e vão em frente cada vez mais fortes e orgulhosos, até o mundo se derrubar quando falta um dos parceiros.

Se for caso disso, tenham um bonito dia ao lado do vosso amor, se não, amem-se a si próprios e ao que vos rodeia, porque tudo é amor. 

 

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