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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Dezembro 28, 2022

imsilva

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Este ano, foste uma guerreira. Enfrentaste o que nunca pensaste enfrentar. Foste maior do que alguma vez pensaste ser, sofreste, amadureceste, e resististe à dor. Cuidaste quem amavas, e continuas a fazê-lo com quem ficou e quem precisa mais que nunca. 

Orgulha-te, ama-te, mereces. Prepara-te para um novo ano que também não será fácil, mas creio que este ano que agora acaba, já te deu amostras do que a vida pode ser, e do que sabes poder enfrentar. 

Que ao mesmo tempo que enfrentas o menos bom, saibas aproveitar o que tens, o que te faz feliz, e nos  intervalos saber olhar para o que importa. A vida segue e nós com ela.

 

A última semana de 2022, a última semana de um desafio da Ana de Deus.

Obrigada Ana! ❤

O Natal é amor!

O meu conto de Natal

Dezembro 12, 2022

imsilva

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Abri a cortina e espreitei pela janela, havia um manto branco que cobria telhados, carros, árvores e os passeios onde o povo caminhava com extremo cuidado para não escorregar e passar por trabalhos que ninguém precisava.

A neve sempre foi uma das minhas coisas preferidas, apesar de fria, era linda e mostrava que nem tudo precisa de ser faustoso. As coisas simples podem ser maravilhosas.

Nesse dia tinha uma viagem preparada até ao orfanato, onde sempre que podia, passava algum tempo com as crianças que ali viviam, as crianças que por um motivo ou por outro, careciam de família, de colo, de aconchego, basicamente de amor familiar. Notava que todos os que trabalhavam ou , como eu, se voluntariavam para dar assistência a estes miúdos, faziam-no sempre com o coração a transbordar. Mas, nitidamente não era suficiente. Não era um, eram muitos, e era difícil que a atenção dada fosse bastante para se sentirem como num lar, onde poderiam ser acarinhados por pai, por mãe, por avós ou irmãos.

Era véspera de Natal e a promessa era diversão, brincadeiras e, muito importante, um teatrinho que estava a ser preparado há algum tempo e que teria o seu apogeu nesse dia.

Cheguei e imediatamente chamou-me a atenção não ver o Rui, que quando eu chegava vinha logo dar-me um grande abraço. O Rui era um menino de 7 anos, a que eu me tinha afeiçoado particularmente, e que tinha ido ali parar, por a mãe ter alguns problemas psíquicos, o pai ser desconhecido e o resto da família não ter ficado muito interessada nele.

Perguntei à D. Marília por ele, ao que me respondeu que o Rui nessa noite tinha tido febre e que tinha ficado no quarto até ver se melhorava. Subi ao piso dos quartos, e dirigi-me ao quarto que Rui partilhava com outros meninos, e lá estava ele encolhido dentro de lençóis e cobertores, com duas rosetas na cara e os olhos com mais brilho do que seria desejável. Fiz-lhe um pouco de companhia, li-lhe uma história e depois de ter novamente tomado o medicamento que ajudava a baixar a febre, deixei-o e fui ajudar os outros meninos nos afazeres que em ânsias esperavam à tanto tempo. Alguém tinha ficado com o Rui, que com o ar mais triste deste mundo, aceitou não poder fazer parte dos festejos.

Estava sozinha por opção, era assim que me sentia bem, e ainda não tinha aparecido alguém que me fizesse mudar de ideias. Não sabia se por isso, ou por realmente haver um grande entendimento entre mim e o pequeno Rui, estávamos muito ligados e a minha preocupação por ele era grande.

Cheguei a casa depois de ter acompanhado a alegria da criançada nas festas da véspera de Natal, e de me ter despedido do Rui, percebendo que havia melhoras. 

Antes de me deitar, algo me incomodava, não sabia identificar o quê, era uma ansiedade que não me deixava, como se tivesse de fazer uma coisa importante, como se estivesse a esquecer-me de algo...e percebi! Liguei para o orfanato e perguntei à D. Marília pelo estado do Rui, respondeu-me que a febre tinha baixado completamente e que parecia bastante mais animado. Num impulso, perguntei se haveria alguma hipótese de levar o pequeno a passar o dia de Natal a casa dos meus pais, onde me esperavam os meus irmãos e sobrinhos. D. Marília, com notório contentamento na voz, respondeu-me que claro que sim, que não poderia imaginar melhor prenda de Natal para o Rui.

Quando o fui buscar, os nossos olhares reflectiam emoções e esperança, Foi uma viagem feita a dois, com sorrisos de orelha a orelha, com confiança em algo maior, que apesar de não conseguirmos identificar, sabíamos que era algo bom, algo que marcaria a nossa vida e com certeza o nosso futuro.

Os nossos contos de Natal - 2022

O 4° ano de desafio natalício

Dezembro 12, 2022

imsilva

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Lembram-se como se faz?

Pega-se num lápis, numa esferográfica, numa caneta de tinta permanente, num pincel ou num pedaço de giz, e escrevem-se palavras numa folha de papel ou onde muito bem entenderem, formando assim palavras e frases que contem uma história natalícia.

Fácil, não é?

Independentemente do que aconteceu às histórias dos anos anteriores, a edição em livro, sabem que o que me motiva a ser chata todos os anos quando vos peço que escrevam estes contos, é o gozo de ler o que cada um tem para contar, imaginar, recriar, enfim, a criatividade que sai dos vossos escritos.

Portanto, vamos ao trabalho, lápis afiados, resmas de papel a postos, carga de computador cheia e vamos escrever como se não houvesse amanhã. As regras são as de sempre, escrevam o nº de palavras que quiserem, publiquem quando quiserem, desde que seja neste mês de Dezembro que agora vai começar (sim, não é o do ano que vem). Façam o link para o meu blog e com a tag "o meu conto de natal".

Sem mais me despeço, desejando a todos uma óptima escrita neste novo (velho) desafio.

 

Aqui estão os novos Contos de Natal:

ATPG - O meu conto de Natal - quase um mini romance

ATPG - Carta do pai Natal ao menino Jesus

Vibarao - O pastorinho de Natal

Manu - Um Natal diferente

Zé Onofre - Carta do Menino Jesus às criancas

José da Xã - O avô Natal

José da Xã - Ernesto

José da Xã - Reencontro com o Natal

José da Xã - Um Natal rico de pobres

Marta-o meu canto - conto de Natal A rena Toutou

MJP - Um Natal mágico, do virtual para o real

Folhas de Luar - O boneco de neve

Folhas de Luar- O menino - Poema de Natal

Folhas de Luar- O Natal - Conto de Natal

Célia - Desejos de Natal

Zé Onofre - Dia de hoje 80

Isabel Silva - O Natal é amor

Isabel Silva - Espírito de Natal

Isabel Silva - Passado e presente

Olga C. Pinto - Um ramo de azevinho

Maria Araújo - Uma surpresa de Natal

Vagueando - Depois daquele abraço

Ana D. - Christmas blues - Um conto de Natal

Maria Pinto - Acreditarei em milagres?

Maribel Maia - Uma epifania de Natal

Ana D. - Casei com o Pai Natal

Isa Nascimento- A árvore de Natal

Isa Nascimento - Para mim...

Histórias à beira Rio- O pai Natal sentado

Leite Pereira - Filhos de um Natal Menor

Milorde - Conto de Natal em memória da minha avó.

Cúmplice do tempo - O Natal da saudade

Aurora Madaleno - Sonho de Natal

Merlo - O Marco no Natal

José Costa - Presente de Natal

Nala - Uma árvore de Natal mágica

bii yue - Tradição prometida

Cristina Aveiro - O calor do Natal

Margarida Mascarenhas - Um instante de Natal

 

 

 

O que vai no meu pensamento

52 semanas de 2022 / 47

Novembro 23, 2022

imsilva

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Não sei se haverá espaço para tudo o que me vai no pensamento.

O ano de 2022 tem sido profícuo em pensamentos ( qual não é?). Têm sido meses turbulentos e preocupantes, onde os pensamentos têm estado com os mais velhos. A morte da minha mãe e os cuidados com o meu pai têm sido os seus protagonistas.

A nossa vida anda, tropeça, embrulha-se e desembrulha-se por dá cá aquela palha, e o nosso cérebro não descansa, não tira férias, os pensamentos atropelam-se e discutem como se não houvesse amanhã. E nós vamos pensando como digerir e dirigir os mil e um assuntos que se nos deparam diariamente.

Mas...felizmente, por vezes aparecem coisinhas boas, que nos dão alento e confiança para andarmos para a frente, onde os pensamentos são dos melhores, fofinhos e muito agradáveis.  Agora ficaram a querer saber quais são, e eu vou dizer, mas não hoje. Quem sabe sexta-feira já consigo desvendar a coisa? 

 

Participação no desafio da Ana de Deus

O que amo em mim mesma

52 semanas de 2022 / 46

Novembro 18, 2022

imsilva

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Então agora querem que nos elogiemos???

Não sei se a modéstia será suficiente para podermos ser sinceras  .

Agora a sério, vou tentar!

Gosto de ser pragmática, há quem diga "chata".

Gosto do meu bom senso, há quem diga "chata".

Gostaria de amar a minha teimosia (mas não amo), há quem diga "chata".

Amo o meu espírito, o meu carácter, a minha personalidade e não me interessa que me digam "chata"! 

 

Participação no desafio da Ana de Deus

 

Altos e baixos

52 semanas de 2022 / 45

Novembro 09, 2022

imsilva

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Com altos e baixos se desenha o mundo

Com altos e baixos aprendemos a viver

Com os altos, sorrimos e sentimo-nos bem. Pensamos que tudo vale a pena, e que vamos lá ficar, em posição privilegiada. 

Com os baixos, sofremos, choramos e rogamos pragas. Pensamos que nada vale a pena, e que não conseguiremos dar a volta.

Tudo mentira!

Os que estão em cima caem, e os que estão em baixo levantam-se. 

Lei de vida, que felizmente acontece, para ninguém se ficar a rir de ninguém. Nem sempre é tão linear, mas, as hipóteses são muitas. Só temos de saber descobrir os altos e lutar por eles. Saber gerir os baixos e não deixar que vençam, seja em que situação for. Podem ser situações emocionais, económicas, ou as piores que são as de saúde. O importante é aprender a seguir em frente, valorizando os altos e respeitando os baixos. 

 

Participação no desafio da Ana de Deus

Outono

Desafio das palavras, sobre nós. Semana#7

Outubro 14, 2022

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Cais no nosso espírito, na nossa alma, como a calmaria depois da tempestade. Trazes-nos o aconchego das cores quentes que nos enchem o olhar de paixão. E dás-nos a certeza de que tudo continua, mesmo quando parece que tudo termina, porque até no final há beleza, até no final há a esperança de mais.

Esse és tu, Outono! 🍂

 

Participação no desafio da Célia

Desafio "Arte e inspiração" V2 #5

Num campo de papoilas

Outubro 12, 2022

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       Campo de papoilas de Claude Monet 

Num campo de papoilas te podes perder

Num campo de papoilas te podes encontrar

Num campo de papoilas podes brincar com a cor, com o vento, com o sol.

Num campo de papoilas podes pintar o prazer, o gosto de viver,  o cheiro da Natureza e a leveza do amor.

 

Participação no desafio da Fátima Bento

Religião

Desafio das palavras, sobre nós. #6

Outubro 06, 2022

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Eu creio, tu crês, ele crê...

Todos cremos em algo, todos temos de acreditar em algo, ou corremos o risco de não lutar, de não seguir, de abandonar.

Não terá muita importância o alvo da crença, seguramente será importante para cada um, e daí sai a motivação, a força necessária para a obtenção dos objectivos, para os  sonhos que nos fazem avançar no caminho.

Chamar-lhe religião ou fé... são só palavras. São designações para reconhecermos os nossos medos, as nossas incertezas, as nossas inseguranças perante a grandeza de um mundo que receamos, que não entendemos muito bem. Por isso utilizamos uma muleta, um subterfúgio talvez, um pedido de ajuda para o bem da nossa estabilidade emocional e mental. 

Qual é o problema de crermos, de acreditarmos, de aceitarmos que algo ou alguém nos ajuda nos diversos momentos críticos porque todos passamos de quando em vez? Não é isso uma das coisas que no fim de contas, nos caracteriza como seres humanos?

Aproveitemos a essência da designação, acreditemos! 

 

Participação no desafio da Célia

A dor que ensina

52 Semanas de 2022 / Semana 40

Outubro 04, 2022

imsilva

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A lição que me ensinou qual é a força que nos move, tive-a há 5 meses, com a morte da minha mãe.

Algo que sabemos que acontece, vemos acontecer aos outros, mas não esperamos que nos aconteça a nós.

E quando nos acontece, descobri-mo-nos muito mais fortes do que nos imaginávamos. Porque há mais alguém que precisa da nossa força e nós fortalece-mo-nos para eles, ao mesmo tempo que nos descobrimos num âmbito que desconhecíamos. Isto até nos sentirmos seguros para ir abaixo e deixarmos a alma chorar.

É, e será sempre uma grande dor, mas a força que passamos a ter move montanhas. Não me lembro de alguma vez ter tido uma lição que me ensinasse tanto, nem os anos de pandemia, apesar de bastante complicados.

 

 

Participação no desafio da Ana de Deus

Livro dos contos de natal do Blog

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