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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Maio 22, 2020

imsilva

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Vou ali gritar, (infanticídios, violência gratuita, vírus, governos malucos, gente idiota...), e já venho

Vou ali descansar, (de problemas, arrelias, de movimentos exauridos, de pensamentos vários...), e já venho

Vou ali pensar, (na vida, no que faço, no que quero fazer, no que deveria fazer...) e já venho

Vou ali apreciar, ( o sol, o frio, o que tenho, o que vejo, a paisagem à minha frente...) e já venho

Vou ali sentir, (amor, ódio,indiferença, e tudo o mais a que tenho direito...) e já venho

Vou ali abraçar, (gente que amo, gente que me ama, gente que merece...) e já venho

 

Vou ali agradecer aos pássaros a feliz ideia, a oportunidade de descobrir o prazer da escrita "por encomenda" e a trabalheira que tiveram a encontrar os temas mais mirabolantes, mais estapafúrdios que se possa imaginar, para nos dar cabo do toutiço, o que acabamos por descobrir que afinal, não era assim tão mau, e já venho...

 

Desafio dos pássaros # 2.9

Tive uma ideia!

Abril 03, 2020

imsilva

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Que tal pedirmos um daqueles caldeirões das bruxas, dos nossos contos de infância, daqueles contos onde havia sempre fadas boas e bruxas más, e metermos lá para dentro uns quantos ditos "mandatários", que andam para aí a destilar más decisões e a mandar postas de pescada neste planeta que não merecem???

Não sei... foi só uma ideia!

Aproveitávamos e juntávamos um condimentozinho, o ranhoso do vírus que assim ficaria em boa companhia, e nós passaríamos a respirar melhor.

Janeiro 13, 2020

imsilva

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E assim acabou a experiência fantástica, que me pôs a escrever a torto e direito, com vontade e sem vontade, melhor ou pior, mas escrevi.

Para não perder-mos o hábito, vem aí já à boleia, a 2° rodada. E lá vamos nós, que isto é coisa que primeiro se estranha e depois se entranha.

Podem ser um bando de pássaros malucos, mas é de louvar a trabalheira que tiveram e que se disponibilizam a ter novamente, mas...são malucos, não é?

Deixo aqui os meus textos, para quando estiverem na paragem do autocarro, ou na sala de espera do dentista, ou à espera que a chaleira ferva, se possam entreter.

E não chorem porque já, já a seguir, vem mais. 

Tema #1

Tema #1 2° texto

Tema #2

Tema #3

Tema #4

Tema #5

Tema #6

Tema #7

Tema #8

Tema #9

Tema #10

Tema #11

Tema #12

Tema #13

Tema #14

Tema #15

Tema #16

Tema #17

 

Janeiro 06, 2020

imsilva

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Querem sofrer de ansiedade? de falta de inspiração ou de inspiração a mais? de taquicardias quando vêm o email às sextas às 7 horas? 

Querem descobrir que a vossa capacidade de escrita está em alta, ou rasteirinha no nível da sujidade do chão?

Então, inscrevam-se neste 2° Desafio dos passaros, acompanhem os malucos que o criaram, e os que já se inscreveram. Que eu saiba, toda a gente sobreviveu ao 1°. Por isso não deve de ter sido assim tão mau.

Vá lá, é aqui.

desafio de escrita dos pássaros #15

Rudolfo também não nasceu para isto.

Dezembro 20, 2019

imsilva

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Esta é a 15º entrevista que faço para tentar encontrar um substituto do Pai Natal. Diz estar cansado das artrites e do frio, e que quer passar a reforma ao sol da Flórida. Mas, não está fácil, a uns faltam uns kilos, a outros a farta barba, e outros são alérgicos aos animais. Mas, não me chame eu, Rudolfo a rena, se não despachar isto com o que vem a seguir.

"Este tem a aparência perfeita, cabelos brancos como a neve, barba fantástica, peso, vejamos..." foram os meus primeiros pensamentos ao ver o candidato. 

-Então, diga-me por favor, o seu nome?

-Felício da Conceição Natalino.

-Que conveniente. E a sua idade, se não se importa?

-Farei 69 anos no dia 25 de Dezembro.

- Perfeito, peço desculpa pela indiscrição, mas, o seu peso?

-A semana passada tinha 116 kg.

-Alguma doença impeditiva de andar de trenó todos estes kms numa só noite?

-Há aqui um ligeiro incómodo num joelho, mas como o trabalho será feito maioritariamente sentado e as entregas feitas com pozinhos de perlim-pim-pim, creio que não será impeditivo.

-E diga-me, alguma animosidade com animais e com crianças?

-Desde que não se lembrem de se aliviar nas minhas botas ou chorar no meu colo, não será problemático.

-Sim senhor, faria o obséquio de gargalhar para poder perceber o alcance da sua voz e o som produzido?

-Ho,ho, ho

-Muito bem, bastante satisfatório- e tomava notas de todas as respostas do Sr. Felício, para poder debate-las com o chefe- Só mais uma pergunta e creio que poderemos dar por terminada a entrevista. Tem mulher em casa que se possa ressentir com a sua ausência na noite de 24?

- Não tem qualquer problema, estive todo o ano a romper meias, para que nessa noite ela possa estar ocupada a cose-las.

 - E agora, desculpe-me por favor, vou-me ausentar por uns momentos, alguém lhe trará um cafezinho.

-Se pudesse ser com cheirinho, agradecia.

Fui ao gabinete ao lado, transmitir ao patrão a entrevista, e depois de debatidas ideias e opiniões, voltei à sala onde o Sr. Felício esperava. 

- Muito bem, chegámos à conclusão que o Sr. preenche os requisitos certos e aqui está a remuneração que acreditamos ser a indicada.

E passei-lhe uma folha de papel com um nº escrito. Este depois de o ver, levanta-se de rompante, até a cadeira caiu para trás, declara alto e bom som - Isto é um ultraje, por essa quantia prefiro continuar no fundo de desemprego! E sai esbaforido porta fora.

Com as mãos na cabeça, só pensei, "eu bem avisei o patrão"

 

 

 

desafio de escrita dos pássaros #14

Não nasci para isto!

Dezembro 13, 2019

imsilva

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Não nasci para isto!

Eles mandam, ditam regras, marcam datas, piam, piam piam e nós, amém, amém, amém.

O que é isto? A ditadura nas árvores?

Os meus pais não andaram a criar uma filha para isto. Uma filha de cabelos brancos a receber ordens de um bando de pássaros malucos e insanos.

Ele é problemas (criados por eles), ele é estalos com amor (onde já se viu? nunca!). Depois querem que contemos aventuras, ou momentos importantes da nossa vida (hão de ter muito a ver com isso), e que aceitemos ordens da Beatriz (como se não fossem suficientes as ordens deles). Metem-nos numa fila com o Hitler ( isso não será violência psicológica?), e misturam amor com um frigorífico, (quem disse que o amor precisa de arrefecer? tem mais é que ir ao rubro).

Querem que vendámos doce de abobora para problemas capilares (o que vale é que fiquei amiga da pobre da D. Constança), e que escrevinhemos uma carta para o nosso passado (é de doidos). Entretanto espetam-nos numa ilha deserta e perguntam-nos se já chegamos (a quem podemos reclamar?).

Até os animais de estimação são metidos ao barulho (ai o PAN), e ainda se queixam que os pássaros não se calam (é preciso não ter vergonha na cara). Como se não bastasse, querem fazer-nos guionistas de cinema (ha, ha, ha)

Já falta pouco, mas o medo é latente, o coração bate descompassado, as pernas tremem, os olhos piscam... o que estará para vir? Aonde a loucura destes pássaros nos levarão ainda?

Juro, não nasci para isto! Ok... se calhar ainda aguento mais 3 semanas (mas, não prometo). Vou tentar fazer os últimos kms com coragem e bravura. No fim logo se vê o que se faz para a vingança (sempre ouvi dizer que é terrível).   Mais alguém? por favor?

Dezembro 06, 2019

imsilva

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Conhecem o filme da Branca de Neve e os 7 anões? Claro, apresente-se quem não conhecer e é internado imediatamente.

Pois é, andei a investigar e parece que afinal não foi bem assim. Para bem da humanidade, achei por bem repôr a verdade, e só a verdade, para que não andemos todos enganados, que já basta a quantidade obscena de mentiras que proliferam por esse mundo fora.

Lembram-se da velhinha que amorosamente ofereceu a maça à ingrata da miúda? Era uma maça a sério, mas a mal-criada depois de tirar a fruta da mão da velhota, mandou-a embora dizendo-lhe que cheirava mal, que fosse tomar banho e que comprasse um bom anti-rugas que bem precisava.

Eu sei que não sabem, mas a Branca de Neve já andava a catrapiscar o Príncipe. De vez em quando, lá aparecia o rapaz à janela da casa dos anõezinhos, para dar dois dedos de conversa, e roubar-lhe um beijinho, nem sempre com sucesso, uma vez que a moça era embirrante como tudo, e nem sempre estava para aí virada.

Um desses dias, o moço aparece à janela e não tendo visto ninguém lá dentro, viu sim a bela da maça, e tendo um ratinho na barriga, que o pequeno almoço tinha sido fraquito, vai de pegar nela e dar-lhe uma bela de uma trinca. A fome era tanta, que foi com a gana toda, e mordeu um bocado maior do que devia, engasgando-se de tal maneira que ficou sem ar que lhe pudesse passar pelo estreito. A vida é que é uma grandessíssima madrasta, e o rapaz sem ter ali quem lhe pudesse fazer a manobra de Heimlich, ficou-se caído junto à janela daquela que ele mais queria, apesar de não ser assim correspondido. 

Quando a rapariga chega das compras, tinha ido ao centro comercial comprar umas roupitas com o dinheiro dos desgraçados dos anões, deparou-se com aquele cenário, o rapaz já morto caído em cima do canteiro das rosas. 

1º pensamento  - Ai as minhas rosas!

2º pensamento  - Tenho que ir ligar aos pequeninos para virem limpar esta trapalhada.

E é isto, já viram a diferença da história? pois é, com papas e bolos se enganam os tolos. 

Novembro 29, 2019

imsilva

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Calem-me esses pássaros 

Não quero ouvi-los

Nem esses, nem aqueles

Não quero ouvir ideias nem pensamentos

Não hoje, talvez amanhã

Que os dias são negros

Que os dias estão sem côr

Que os dias são de cansaço

De agruras e desencantos

E que carecendo de um abraço

Espero esperanças e virtudes

Para preencher um espaço

Que de escuro e frio peca

Na ânsia de um alento manso

E aqueles pássaros que não se calam...

Novembro 22, 2019

imsilva

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A Tininha, com a fralda a transbordar de caca bem cheirosa que se farta, chora. Chora? não, grita!

O Chiquinho bate com o carrinho vermelho dos bombeiros no radiador, só para ouvir o maravilhoso barulho que faz. Música para os seus ouvidos.

A Ritinha põe o som da sua aparelhagem mais alto, para se sobrepôr a todos os outros barulhos já existentes naquela casa. Tem os fones avariados.

O Tareco, armado em homem (gato) aranha, anda por cima dos móveis mais altos, e volta e meia lá cai qualquer coisa ao chão onde se estilhaça, uma moldura com a fotografia de casamento dos papás, um jarro com duas rosas, uma taça de vidro (essa oferecida pela tia Amélia, a dona vai agradecer).

A Mica gane e esconde-se por baixo de mesas e cadeiras, assustada com o nível acústico que tomou conta da casa. A cadela vem de um canil, onde foi adoptada pela família, depois de maus tratos e abandono pelos antigos donos.

A mãe, ao telefone com a melhor amiga, queixa-se de não conseguir tomar um banho sossegada, e que está a centímetros de se passar completamente dos carretos.

O pai diz que vai para a garagem tratar da mota, porque se não sai daquela casa de malucos, não se responsabiliza pelos seus actos e quem vai ficar maluco é ele, e também já não falta muito para isso.

Ouve-se a campainha da porta (não sei como é que ouviram) e a mãe, ainda de telefone ao ouvido vai abrir. Um carteiro de olhar assustado, entrega uma encomenda e sai a correr, esbaforido, sem perceber o que se passa naquela casa, que ultrapassa longamente os decibéis permitidos por lei.

Da cozinha surge uma fumarada, que rapidamente alastra ao resto das dependências da casa, e que põe toda a gente aos gritos (mais ainda) e com olhos lacrimejantes. Esqueceram-se das torradas na torradeira, que tem o automático avariado, e agora são fatias de carvão.

E eu no meu poleiro, elevo os meus trinados a patamares nunca antes alcançados, só porque sim, não quero ser diferente dos outros.

Atenção! Isto não é todos os dias assim. Hoje é que saiu um bocadinhos dos eixos, que os meus donos até são porreirinhos e normalmente conseguem ter tudo sob controle.

Palavra de canário!

 

Novembro 15, 2019

imsilva

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Éramos três

Já chegamos?

A viagem era de 12 horas

Tenho fome...

Quero ir à casa de banho...

 Vou vomitar...

Já chegamos?

Ainda não, durmam

Fechávamos os olhos e começávamos a dormitar com o trepidar dum automóvel dos anos 70, era o cheiro, eram os amortecedores, eram as estradas, tão diferentes do que são hoje. Era a grande paciência duns pais que 2 vezes por ano, aventuravam-se nesta louca viagem com 3 crianças no banco de trás.

Agora parávamos para comer, umas sandes, uns ovos cozidos, uns pastéis, que curiosamente deixaram saudades, depois parávamos para ir à casa de banho, que como por magia apareciam atrás duns arbustos ou árvores, e volta e meia para vomitar, e isso era em qualquer lugar à beira da estrada, e lá iam as sandes, os ovos e os pastéis.

Eram as férias de quem vivia fora do país, e fazia questão de voltar todos os Verões à terra natal, para matar saudades da família e dos amigos. Eram duas semanas que se tornavam curtas, perante o sacrifício daquela viagem.

Houve avarias impossíveis de arranjar longe de casa com 3 filhos pendurados, houve caminhos e estradas trilhadas a passo de caracol, rezando à Nossa Sra de Fátima pendurada no retrovisor do carro, e a uma Sta Teresinha que vinha na mala do carro, oferecida pela minha avó. Aqui contou muito a fé da minha mãe. E chegamos vivinhos da Silva ao destino, demoramos foi um bocadinho mais.

Mas o ponto alto foi sempre a chegada à nossa santa terrinha em território português. De vez em quando, ouvia-se a pergunta "já chegamos?" "está quase, dorme mais um bocadinho" e finalmente éramos acordados para vermos o sinal de chegada, um moinho, "o moinho" que nos dava a indicação de estarmos quase lá. Mais uns minutos e...já chegamos, já chegamos!!! 

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