Março 08, 2022
imsilva
Sou do género feminino, aquilo a que vulgarmente se chama fêmea ou mulher.
Vivo a minha vida à minha maneira, respeitando a sociedade onde estou inserida. Não permito que me pisem, que me maltratem e também não piso nem maltrato. Sigo o meu caminho, tento atingir os meus objectivos de vida sem prejudicar o próximo, comando as minhas operações, ouço conselhos e opiniões, mas no fim, e se eu assim o entender, são as minhas opiniões que prevalecem.
Não sou obrigada a nada, a não ser o que a minha consciência me ditar.
Sou dona de mim, dos meus actos, das minhas actitudes e pensamentos. Amo e sou amada, espero que na mesma medida. Não presto vassalagem a ninguém, nem ninguém me presta a mim.
Como disse ao princípio, sou mulher e não preciso que me dediquem um dia, sou dona de todos eles.
Tudo isto não retira qualquer valor à homenagem que neste dia se presta às grandes mulheres que souberam lutar pelos direitos que todas nós usufruímos agora. Mas quanto a mim, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Elas merecem um dia para não esquecermos o seu valor, nós merecemos ser mulheres todos os dias do ano, sem desculpas.