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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Abril 30, 2025

imsilva

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Qual será a percentagem de empatia no ser humano? 

Vemos situações caricatas, por vezes na televisão ou nas redes sociais, em que pessoas passam por quem precisa de uma ajuda, seja com um carrinho de bebé, seja um idoso (ou não) que deixa cair sacos com que ia carregado, seja alguém com dificuldade a subir ou descer uma escada, seja uma pessoa com algum tipo de deficiência a atravessar uma rua, e o que fica comprovado é que há um mínimo de pessoas que se preocupam em dar algum tipo de ajuda, e muitas que simplesmente ignoram. 

É assustador saber que seres humanos não sentem qualquer coisa pelas dificuldades de outros. Que não sabem por-se no lugar do outro, que julguem que são maiores e que não precisarão de ajuda na sua vida.

Sabemos como o mundo está, matar não custa nada, destruir o pouco que os outros têm é ordem do dia, sofrimento alheio não dói. Acabamos de ter algo inédito como um apagão em vários países, que duvido que algum dia saibamos como e porquê. Cada um vai por si, compra toda a água que houver, porque não interessa que os outros também a necessitem.  

É triste, é um fado amargo, é a sensibilidade a desaparecer num mundo que já foi de entreajuda e onde uma aldeia criava as crianças da comunidade, onde o que havia era de todos. Falo de outros tempos longínquos, porque hoje existem seitas que tentam o mesmo método, mas com gatos escondidos de rabo de fora, o que invalida completamente algum bom propósito.

Estendamos a mão ao próximo, olhemos para o lado e vejamos quem está lá. Sempre ouvi dizer que um copo de água não se nega a ninguém, estejamos atentos àqueles que têm sede. Solidariedade precisa-se!

Tentando responder à pergunta feita no princípio, creio que a percentagem é capaz de, com alguma boa vontade da minha parte neste número, bater os 10%. Aceitam-se outras opiniões. 

Fevereiro 05, 2021

imsilva

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Num filme alguém perguntava a outro se tinha filhos. A pessoa respondeu que não, que era demasiado egoísta para isso. O primeiro disse que ter filhos era um acto muito mais egoísta.

Não creio que algum dos dois tivesse razão, não creio que seja uma questão de egoísmo, mas sim de opção.

Tão feliz pode ser um como o outro. Terão vidas diferentes certamente, experiências que sendo igualmente enriquecedoras, não terão muito em comum.

Em tempos acreditei que ter filhos fazia parte, não como obrigação, mas por vocação. Era para mim difícil entender que alguém poderia não querer ter filhos. Hoje entendo que o mundo mudou, que filhos podem não fazer parte da equação.

Noutras gerações vivia-se para ter descendência, ou para ter mão de obra, ou para ter a quem deixar o espólio, curiosa a distância entre estes dois motivos.

Na minha experiência, desejei ter filhos desde que me lembro de ser gente. Imaginava um rancho deles, e empregadas para tratar da roupa, para limpar ranho, para por a chucha durante a noite. 

Tive três filhos, a terceira veio clandestina, creio que foi a minha vontade escondida, como disse o meu marido, e então entendi que a vida real não tem a ver com a imaginação, que não quereria outra pessoa a limpar ranho, a por a chucha durante a noite (quer dizer...) a apaziguá-los durante os pesadelos nocturnos, ou a dar-lhes um beijinho no dói dói que fizeram enquanto andavam desarvorados a correr, quando já tinha dito que não queria correrias.

Já falei destas coisas aqui, e também das dores quando crescem e ficam parvos aqui.

Mas hoje quero dar a mão à palmatória, e reconhecer que a vida pode passar por não ter filhos, por realizar tantas outras coisas, é só decidir quais os objectivos de vida, porque hoje acredito que há mais, muito mais, e que tudo é válido para ser feliz, é só encontrar o caminho para lá.

 

 

 

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