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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Dezembro 27, 2023

imsilva

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Já está, agora arrumar os apretechos que foram utilizados nas festas, lavar as toalhas de mesa de maneira a estarem prontas para o ano, empilhar os pratos com decorações da época, e guardá-los por mais 11 meses, e como não, chorarmos os copos bons que não sobreviveram. Com um pouco de sabedoria, despachar os restos, dividir os doces para não ficarmos enjoados ao olhar para eles. Arranjar poiso para as prendas do amigo secreto, (é só uma coisinha, cabe em qualquer lado). Afinam-se vassouras e espanadores, tenta-se tirar o bocado de arroz doce que ficou gravado no tapete, e respiramos quando vemos a casa outra vez nas nossas mãos.

E fica aquele agridoce de uma época natalícia que já acabou, com algum alívio, e que ainda há muito pouco tempo estávamos a desejar com uma imaginação onde tudo era perfeito.

Resquícios de desejos de Boas Festas, (que ainda estamos nelas) e os votos de um Novo Ano feliz, com a esperança a brilhar de que seja mesmo feliz, ou "que não seja pior que este".

De qualquer modo, sabemos que para o ano tiraremos as toalhas, os pratos e as travessas dos armários, substituiremos os copos desaparecidos, e faremos tudo de novo para vivermos o Natal como sempre fizemos. Faz parte da vida, faz parte de nós, talvez seja pelo melhor.

Um feliz Natal!

1 Foto, 1 Texto

Dezembro 22, 2023

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Não sei se sabem, mas o parto do Menino Jesus esta marcado para dia 24 à meia-noite. Parece que a doula que vai assistir Maria, tem uns convívios e umas jantaradas combinadas, e não está livre antes. Posto isto, pedi com muito bons modos, ao casalinho da foto 🎅🤶 (creio que conhecem), que fizessem as honras de me acompanhar nos desejos de umas muito Boas Festas, e um muito Feliz Natal neste cantinho à beira net plantado. Desejamo-vos amor, saúde, boa companhia, sorrisos sinceros na face, e já agora, se possível, paz.  

Deixo um agradecimento profundo pelo trabalho do Pai Natal e da Mãe Natal (que foi importantíssima na solução do problema que quase boicotava a entrega das prendas às crianças), nestes desejos natalícios. Foram impecáveis na rapidez com que apareceram (devem de ter vindo de trenó). Agora vou servir-lhes um chocolate quente, porque parece que apanharam algum frio no caminho (por acaso até vieram de Inglaterra)

Festas Felizes! 🌟

 

Dezembro 20, 2023

imsilva

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Fotografia da árvore da minha filha

O blog Aqui há coração, perguntava pelas nossas melhores recordações natalícias. Vieram várias à memória.

Éramos seis primos com idades parecidas, pré-adolescentes uns, e adolescentes outros. Era uma época em que não havia tecnologias irritantes, mas havia amizade, inocência, e uma grande alegria por passarmos a consoada juntos. A algazarra era constante, e a mais velha, a minha irmã, era a pior. Desde puxar a toalha de mesa que um estava a por, a tirar os bibelôs dos móveis e po-los no meio do chão, a por os dedos dentro do pudim e da mousse para os enjoados já não quererem comer. As matriarcas ralhavam e riam ao mesmo tempo.

Hoje somos mais no total, muito menos crianças, e as cabeças não têm a mesma simplicidade. Tudo na vida chama para o imediato, e por vezes sinto isso mais nos crescidos do que propriamente  nos mais pequenos. 

Finalmente, quando já falta alguém à mesa...não é a mesma coisa.

Quero voltar aos Natais da minha mãe.

Temos de salvar o Natal!

O meu conto de Natal

Dezembro 18, 2023

imsilva

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Naquele 23 de Dezembro, no Polo Norte, estavam os elfos e as renas na preparação minuciosa de todos os pormenores para fazerem a viagem de treino, que os prepararia para a do dia seguinte na noite mais fantástica do ano. Tinha de estar tudo perfeito, para ser feita sem contratempos.

Quando se preparavam para a descolagem, já num leve trote, sentiram um vento repentino que rapidamente se transformou num muito forte vendaval. Apanhados de surpresa, rodopiaram todos e cabriolaram uns contra os outros sem qualquer controle da sua parte.

Tão depressa como começou, acabou. E ficaram todos a olhar uns para outros sem compreender o que tinha acontecido. Parecia que estavam todos bem, felizmente. Foi quando Blitzen exclamou - Rudolfo! o teu nariz! - Todos os olhos se viraram para a rena chefe, e todos abriram a boca de espanto. O nariz de Rudolfo não brilhava, o nariz de Rudolfo não estava vermelho!

Alguns elfos choravam, outros com as mãos na cabeça tentavam pensar o que poderiam fazer para resolver aquele problema, afinal era o nariz de Rudolfo que tinha a magia necessária para poderem voar no trenó do Pai Natal.

Conferenciaram, e depois de muita discussão decidiram pedir ajuda à Mãe Natal. Chegaram à porta da casa e bateram várias vezes, tal era a pressa. - Quem tem tanta pressa que me quer estragar a porta? - disse a Mãe Natal abrindo-a.  - Somos nós, os elfos. Imediatamente a senhora deixou-os entrar e tratou de os aquecer com uma bela chávena da chocolate quente. - Temos um grande problema, Mãe Natal, - começou a esclarecer Donner -  precisamos da sua ajuda urgentemente! Houve um vento terrível que nos derrubou, e quando nos levantamos descobrimos que o nariz do Rudolfo tinha perdido a sua cor vermelha e o seu brilho! Isto é catastrófico, amanhã temos de voar, senão as crianças vão ficar muito tristes.  

A Mãe Natal percebeu a aflição de todos, era mesmo catastrófico, mas que poderia ela fazer? De repente lembrou-se do livro de magia que o marido tinha guardado num sítio muito especial, e foi buscá-lo para ver se teria por lá alguma solução para tão grave problema. Folheou-o com muito cuidado e com muita atenção. Já quase a desistir, na penúltima página encontrou o que precisavam. Uma receita para tornar o que o vento  tirara. - Amigos, creio que já temos a solução! - Disse virando-se para uma data de caras ansiosas que já desesperavam. 

Todos se inclinaram sobre a folha do mágico livro, e leram;

Receita de bolo de devolução do que foi levado

4 colheres de farinha de coragem                                                                                  4 colheres de açúcar de sol                                                                                           4 ovos de galinhas vermelhas                                                                                          uma pitada de fermento azul céu                                                                                     um toque de baunilha elfica

A Mãe Natal pediu ajuda a todos os presentes, e todos o fizeram com a melhor das boas vontades. Depois de terem misturado tudo na tigela mágica, meteram-na no forno de estrelinhas do céu a 20º durante 5 minutos. 

Depois de pronto, Rudolfo aproximou-se e começou a comer, não sem um certo receio. Passado um pequeno momento, viram a rena lamber os beiços com visível satisfação, e para gáudio de todos, o seu nariz começou a brilhar novamente. A pouco e pouco um lindo vermelho surgiu e, finalmente, Rudolfo voltou a ser o mesmo.

Todos bateram palmas de contentamento, agradeceram muito à Mãe Natal e correram a preparar a viagem, que correra o grande perigo de não se efectuar, e que levaria a felicidade a todas as crianças do mundo.

Se alguém se pergunta onde estava o Pai Natal durante esta balbúrdia, posso informar que dormia profundamente.  Não necessitando de treinos, preparava-se como melhor sabia.

 

Este conto foi escrito com as ideias de Martim, 10 anos e Sebastião, 7 anos.  Obrigada, meus amores!

A procura do amor - Conto de Natal

O meu conto de Natal

Dezembro 11, 2023

imsilva

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Era um caminho íngreme. Sentindo-se sempre na iminência de escorregar na folhagem que o cobria, dava passos cuidadosos e pensados sem saber se chegaria ao final, fosse ele qual fosse.

O frio fazia-se sentir com muita intensidade, e apesar dele estar bem agasalhado, sentia -se angustiado ao pensar que por aqueles lugares por onde passava, não havia condições de fazer frente aquele tempo. 

Procurava um sítio, um lugar onde poderia encontrar alguém que há muito fizera parte da sua vida, e que hoje fazia questão de olhar nos olhos. Já há dois meses que tinha recebido informações sobre o seu paradeiro, mas mesmo assim tinha demorado a confirmar e a ficar a par dos pormenores que o tinham levado até ali. 

Para ele era difícil entender alguns seres humanos, que podiam ter uma vida com o essencial, alguma companhia e carinho, mas rejeitavam, para viver isolados e sem o mínimo de condições. Isso lhe tinham dito sobre quem ele procurava, diziam também que tinha perdido o pouco juízo que tinha. Ele queria ver e entender. Estando a dois dias do dia de Natal, era importante que esta demanda fosse concluída com êxito.

Chegando ao fim do tortuoso caminho, e sentindo pequenos flocos de neve a começar a cair, entrou numa ruela e viu o que já estava à espera. Naquele labirinto de ruínas, calmamente, deu passos cautelosos com o instinto alerta e o coração aos saltos. 

Viu despojos por aqui e por ali, uma camisa enegrecida, um sapato sem utilização possível, um caixote de papelão e, aparentemente, alguns restos de cobertores. Curiosamente, no meio daquela desolação, também encontrou um pequeno arbusto de azevinho, esperava que fosse um bom sinal.

Avançou para mais um compartimento a céu aberto e com silvas a subirem pelas paredes, e viu-o...

Sem saber reconhecer os sentimentos que nesse momento o assaltavam, simplesmente disse;

 - Pai, estou aqui...

 

Este conto, publicado a semana passada, foi reescrito para entrar nos contos de Natal. Acreditei que o tema se insere na parte menos bonita desta época, daí publicá-lo novamente com as alterações e acrescentos devidos. Espero que agrade.

Memórias natalícias

Desafio José da Xã

Novembro 29, 2023

imsilva

José da Xã, neste desafio, lembrou-se de nos pedir fotos de algumas decorações natalícias, que fizessem sentido por algum motivo. Por serem curiosas, bonitas ou engraçadas. Eu, pessoalmente, agradeço desculpas para saber o que vos apresentar na ementa das quartas-feiras. 

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Quando há anos bons, em que acertamos na caixa, e quando não vemos bem o que lá está escrito e tiramos a caixa das Barbies.

Quando é preciso descontração para aceitarmos o destino, e criarmos todo um novo modelo de presépio.

 

 

 

 

Novembro 22, 2023

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Confessem lá, que estavam a estranhar eu ainda não ter falado dos lindos e maravilhosos contos, que vocês vão escrever este ano?

Aqui está, novamente o desafio mais doce do ano. Não, não vão escapar. Nem vocês nem os que por aqui estão há menos tempo, e que não tiveram o imenso prazer de ler os dos anos anteriores.

Ok, vou repetir para os novatos e para os esquecidos; é escrever, escrever um conto, uma história, um episódio, algo natalício para focarmos o sentido em algo mais do que guerras, política, corrupção, alterações climáticas e afins (eu nem devia de estar a falar destes tópicos enquanto escrevo sobre Natal, é pecado). 

Escrevam e publiquem durante o mês de Dezembro, à hora que quiserem, onde quiserem, e o que quiserem, interessa é que escrevam, e com a tag "o meu conto de natal".

Só para perceberem o bonito que é, deixo aqui os de 2020os de 2021e os de 2022.

Vamos pegar em qualquer coisa que escreva e por mãos à obra! Não se aceitam desculpas nem lenga lengas, quem tem filhos pode pedir ajuda, os que se crêem auto-suficientes, façam-no sozinhos, mas...ESCREVAM!

O recado está dado, virei mais vezes chatear-vos a cabeça, não vá o diabo tece-las...

 

Passado e presente

Mini-conto

Janeiro 04, 2023

imsilva

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Enroscou-se no sofá, o mais perto da lareira possível. As festas estavam a acabar e ela sentia-se contente com o facto.

Teimosamente, enfeitara a casa quase como antigamente. Queria tentar não perder o espírito, mas, estava difícil. Gostava do verde, do vermelho e dos brancos flocos de neve que representavam o Natal, mas perguntava-se a si própria se teria a coragem de o fazer novamente no próximo ano. 

Quando é que tinha começado a sentir que já pouco sentido fazia? Quando a grande família começou a ficar mais pequena? Quando o seu próprio núcleo familiar se afastou por força das circunstâncias?

Lembrava-se de Natais passados com um baque no coração. Os filhos em casa entusiasmados com os mais pequenos pormenores, o marido que a reboque deles, até vestia camisolas com renas, e ela própria, vivia aqueles dias com um sorriso permanente no rosto.

Mas, o tempo passa. Os filhos procuram o seu caminho, o seu mundo, que por vezes fica a muitos quilómetros de distância, e a idade destrói células e faculdades por vezes cedo demais, aos que ficam ao nosso lado, como ao seu marido, que por vezes nem sabia quem ela era. 

Assim era a sua vida agora. Os filhos longe e o seu marido, com um princípio de demência . O companheiro de tantas alegrias e arrelias, já não lhe fazia a companhia a que se habituara. Era alguém que ela não reconhecia, mas que tinha as feições dele, da pessoa que tanto lhe dera, que tanto a incentivara e ajudara a crescer como ser humano ao longo dos anos.

O relógio fazia o tic-tac próprio, sem grandes alaridos, só o suficiente para não esquecermos que o tempo corre sem contemplações.

Olhou à sua volta, amanhã tiraria as caixas dos enfeites da arrecadação e cuidadosamente os arrumaria, como sempre tinha feito, mas hoje, surpreendentemente, gostou do que viu. Sentiu-se confortável e a relaxar. Tentou agarrar esse momento, já eram tão poucos...

Pegou no livro que repousava na pequena mesa de apoio, abriu-o e começou a ler na página onde o tinha deixado há duas noites. Sentiu alguma dificuldade em se concentrar ao princípio, mas ao fim de alguns minutos em que sentia a mente a fugir para outros sítios, conseguiu embrenhar-se na sua leitura e aí pode usufruir de um serão noutro mundo, noutras paragens, noutras vidas, onde ela não estava.

 

Dezembro 26, 2022

imsilva

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Queria dizer algo sobre este Natal, mas não é fácil.

Talvez dizer que apesar de ser a época mais bonita, e de ter todas aquelas palavras que soam tão bem, amor, amizade, solidariedade, também tem as palavras saudade e tristeza.

Este ano foram essas as palavras que prevaleceram no meu Natal, no meu e no dos meus. O esforço foi grande, portamo-nos razoavelmente bem, mas estou muito satisfeita por já ter passado.

E agora, vamos a nova ronda! Vamos continuar a caminhar para mais um ano, mais um lote de surpresas, que esperamos que sejam boas.                      

 

 

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