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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Janeiro 13, 2023

imsilva

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É com orgulho e muito prazer que aqui deixo os nossos Contos de Natal de 2022.

Magníficos, maravilhosos, cheios de emoções, sentimentos, memórias e criatividade. 

Obrigada por estes belos momentos de leitura que me proporcionaram, e que se ainda não usufruíram, espero que o façam agora.

Se faltar algum, digam e reclamem. Tentei estar atenta, mas, quem sabe se não me distraí e perdi algum!

Se tiverem um conto escondido e bem guardado numa gaveta ou debaixo da cama, não se acanhem, ainda vem a tempo.

Com este frio, aconcheguem-se à lareira ou com aquela manta fofinha e entretenham-se, porque afinal "o Natal é quando o homem quiser"

 

ATPG - O meu conto de Natal - quase um mini romance

ATPG - Carta do pai Natal ao menino Jesus

Vibarao - O pastorinho de Natal

Manu - Um Natal diferente

Zé Onofre - Carta do Menino Jesus às crianças

José da Xã - O avô Natal

José da Xã - Ernesto

José da Xã - Reencontro com o Natal

José da Xã - Um Natal rico de pobres

Marta-o meu canto - conto de Natal A rena Toutou

MJP - Um Natal mágico, do virtual para o real

Folhas de Luar - O boneco de neve

Folhas de Luar- O menino - Poema de Natal

Folhas de Luar- O Natal - Conto de Natal

Célia - Desejos de Natal

Zé Onofre - Dia de hoje 80

Isabel Silva - O Natal é amor

Isabel Silva - Espírito de Natal

Isabel Silva - Passado e presente

Olga C. Pinto - Um ramo de azevinho

Maria Araújo - Uma surpresa de Natal

Vagueando - Depois daquele abraço

Ana D. - Christmas blues - Um conto de Natal

Maria Pinto - Acreditarei em milagres?

Maribel Maia - Uma epifania de Natal

Ana D. - Casei com o Pai Natal

Isa Nascimento- A árvore de Natal

Isa Nascimento - Para mim...

Histórias à beira Rio- O pai Natal sentado

Leite Pereira - Filhos de um Natal Menor

Milorde - Conto de Natal em memória da minha avó.

Cúmplice do tempo - O Natal da saudade

Aurora Madaleno - Sonho de Natal

Merlo - O Marco no Natal

José Costa - Presente de Natal

Nala - Uma árvore de Natal mágica

bii yue - Tradição prometida

Cristina Aveiro - O calor do Natal

Margarida Mascarenhas - Um instante de Natal

José da Xã - A prenda de Natal

 

Boas leituras!!! 

Espírito de Natal

O meu conto de Natal

Dezembro 21, 2022

imsilva

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Alguém mexia o tacho do arroz doce, que toda a gente sabe que tem de ser muito bem mexido, enquanto outro alguém batia as claras em castelo para a mousse, que também toda a gente sabe que têm de ser muito bem batidas. Do forno saía um cheirinho de frango, como nunca saia o resto do ano, ainda não se tinha percebido o porque de só naquela altura do Natal o cheiro ser tão apetecível. As crianças corriam umas atrás das outras, porque toda a gente sabe que é isso que as crianças fazem, e os homens traziam as mesas extras das arrecadações, que toda a gente sabe que são sempre precisas nestas ocasiões. 

Para além da algazarra que se fazia sentir, a ocasião pedia algum som natalício para completar o ambiente, assim soavam músicas de Natal na aparelhagem da sala, e isso obrigava a todos se lembrarem da época em que estavam e qual o motivo para estarem todos a contribuir para tão belo e perfeito serão. Claro que toda a gente sabe que esses serões são tudo menos perfeitos, mas, faz-se o que se pode!

O espírito de Natal furava por aqui e por ali, e ia-se fazendo sentir com intervalos, mais ou menos duradouros. 

Ao fim de todos os preparativos estarem concluídos, das cozinheiras de serviço conseguirem tirar os aventais da frente, de toda a gente estar sentada na cadeira correspondente, ou não, a algazarra continuou agora com mais alegria perante tudo o que de bom a mesa continha.

De vez em quando, alguém pousava os olhos no aparador da casa de jantar, e olhava subrepticiamente para a fotografia dela, que por sua vez, olhava para eles e por eles, transmitindo-lhes o orgulho que sentia por estarem todos ali a viverem o espírito de Natal, como ela tanto gostava.

 

Gostaria que este texto, muito pouco ficcionado, servisse para o "desafio das 52 semanas de 2022" tema 51 da nossa Ana de Deus.

 

Dezembro 19, 2022

imsilva

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Então, quem é que ainda não escreveu um conto de Natal?

Quem ainda não o fez, pode ir à farmácia comprar inspiração em frasquinhos e por-se a escrever. Não custa nada, não dói, até pelo contrário, dá muita satisfação ver o trabalho final da nossa imaginação e criatividade. 

Este ano já temos, até ao momento, 20 contos. Já referi que o que me leva a este pedido, que já faço há 4 anos, é o gosto pelos contos de Natal. O resultado que já conhecemos, os nossos livros, é a cereja no topo do bolo, mas o bolo já estava muito bom só com os contos. Por isso, com livros ou sem livros, contínuo a pedir contos só porque sim, porque é Natal, só pelo gosto de ler histórias que reflectem o vosso pensamento, a vossa imaginação, as vossas vivências tantas vezes reflectidas no que se escreve.

Marquem na vossa agenda uma horinha para se sentarem e martelarem nas teclas do vosso computador, ou como eu faço muitas vezes, riscarem uma folha em branco com uma caneta em forma de letras, palavras, frases e histórias sobre uma época tão bonita como é o Natal.

Já ouço umas vozes dissonantes que, com alguma razão, dizem que não é tão bonita assim. Eu sei, mas está em nós não deixarmos morrer a sua essência, está em nós fazer a diferença e remarmos contra a maré, está em nós continuarmos a insistir e não deixarmos o negativo ganhar.

É Natal, vamos manter o espírito vivo, vamos viver a quadra natalícia como manda a lei, mesmo que não apeteça, mesmo que falte aquela pessoa, porque todos merecemos, até os que já não estão.

Então, esse conto, estão preparados? 

  

O Natal é amor!

O meu conto de Natal

Dezembro 12, 2022

imsilva

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Abri a cortina e espreitei pela janela, havia um manto branco que cobria telhados, carros, árvores e os passeios onde o povo caminhava com extremo cuidado para não escorregar e passar por trabalhos que ninguém precisava.

A neve sempre foi uma das minhas coisas preferidas, apesar de fria, era linda e mostrava que nem tudo precisa de ser faustoso. As coisas simples podem ser maravilhosas.

Nesse dia tinha uma viagem preparada até ao orfanato, onde sempre que podia, passava algum tempo com as crianças que ali viviam, as crianças que por um motivo ou por outro, careciam de família, de colo, de aconchego, basicamente de amor familiar. Notava que todos os que trabalhavam ou , como eu, se voluntariavam para dar assistência a estes miúdos, faziam-no sempre com o coração a transbordar. Mas, nitidamente não era suficiente. Não era um, eram muitos, e era difícil que a atenção dada fosse bastante para se sentirem como num lar, onde poderiam ser acarinhados por pai, por mãe, por avós ou irmãos.

Era véspera de Natal e a promessa era diversão, brincadeiras e, muito importante, um teatrinho que estava a ser preparado há algum tempo e que teria o seu apogeu nesse dia.

Cheguei e imediatamente chamou-me a atenção não ver o Rui, que quando eu chegava vinha logo dar-me um grande abraço. O Rui era um menino de 7 anos, a que eu me tinha afeiçoado particularmente, e que tinha ido ali parar, por a mãe ter alguns problemas psíquicos, o pai ser desconhecido e o resto da família não ter ficado muito interessada nele.

Perguntei à D. Marília por ele, ao que me respondeu que o Rui nessa noite tinha tido febre e que tinha ficado no quarto até ver se melhorava. Subi ao piso dos quartos, e dirigi-me ao quarto que Rui partilhava com outros meninos, e lá estava ele encolhido dentro de lençóis e cobertores, com duas rosetas na cara e os olhos com mais brilho do que seria desejável. Fiz-lhe um pouco de companhia, li-lhe uma história e depois de ter novamente tomado o medicamento que ajudava a baixar a febre, deixei-o e fui ajudar os outros meninos nos afazeres que em ânsias esperavam à tanto tempo. Alguém tinha ficado com o Rui, que com o ar mais triste deste mundo, aceitou não poder fazer parte dos festejos.

Estava sozinha por opção, era assim que me sentia bem, e ainda não tinha aparecido alguém que me fizesse mudar de ideias. Não sabia se por isso, ou por realmente haver um grande entendimento entre mim e o pequeno Rui, estávamos muito ligados e a minha preocupação por ele era grande.

Cheguei a casa depois de ter acompanhado a alegria da criançada nas festas da véspera de Natal, e de me ter despedido do Rui, percebendo que havia melhoras. 

Antes de me deitar, algo me incomodava, não sabia identificar o quê, era uma ansiedade que não me deixava, como se tivesse de fazer uma coisa importante, como se estivesse a esquecer-me de algo...e percebi! Liguei para o orfanato e perguntei à D. Marília pelo estado do Rui, respondeu-me que a febre tinha baixado completamente e que parecia bastante mais animado. Num impulso, perguntei se haveria alguma hipótese de levar o pequeno a passar o dia de Natal a casa dos meus pais, onde me esperavam os meus irmãos e sobrinhos. D. Marília, com notório contentamento na voz, respondeu-me que claro que sim, que não poderia imaginar melhor prenda de Natal para o Rui.

Quando o fui buscar, os nossos olhares reflectiam emoções e esperança, Foi uma viagem feita a dois, com sorrisos de orelha a orelha, com confiança em algo maior, que apesar de não conseguirmos identificar, sabíamos que era algo bom, algo que marcaria a nossa vida e com certeza o nosso futuro.

Os nossos contos de Natal - 2022

O 4° ano de desafio natalício

Dezembro 12, 2022

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Lembram-se como se faz?

Pega-se num lápis, numa esferográfica, numa caneta de tinta permanente, num pincel ou num pedaço de giz, e escrevem-se palavras numa folha de papel ou onde muito bem entenderem, formando assim palavras e frases que contem uma história natalícia.

Fácil, não é?

Independentemente do que aconteceu às histórias dos anos anteriores, a edição em livro, sabem que o que me motiva a ser chata todos os anos quando vos peço que escrevam estes contos, é o gozo de ler o que cada um tem para contar, imaginar, recriar, enfim, a criatividade que sai dos vossos escritos.

Portanto, vamos ao trabalho, lápis afiados, resmas de papel a postos, carga de computador cheia e vamos escrever como se não houvesse amanhã. As regras são as de sempre, escrevam o nº de palavras que quiserem, publiquem quando quiserem, desde que seja neste mês de Dezembro que agora vai começar (sim, não é o do ano que vem). Façam o link para o meu blog e com a tag "o meu conto de natal".

Sem mais me despeço, desejando a todos uma óptima escrita neste novo (velho) desafio.

 

Aqui estão os novos Contos de Natal:

ATPG - O meu conto de Natal - quase um mini romance

ATPG - Carta do pai Natal ao menino Jesus

Vibarao - O pastorinho de Natal

Manu - Um Natal diferente

Zé Onofre - Carta do Menino Jesus às criancas

José da Xã - O avô Natal

José da Xã - Ernesto

José da Xã - Reencontro com o Natal

José da Xã - Um Natal rico de pobres

Marta-o meu canto - conto de Natal A rena Toutou

MJP - Um Natal mágico, do virtual para o real

Folhas de Luar - O boneco de neve

Folhas de Luar- O menino - Poema de Natal

Folhas de Luar- O Natal - Conto de Natal

Célia - Desejos de Natal

Zé Onofre - Dia de hoje 80

Isabel Silva - O Natal é amor

Isabel Silva - Espírito de Natal

Isabel Silva - Passado e presente

Olga C. Pinto - Um ramo de azevinho

Maria Araújo - Uma surpresa de Natal

Vagueando - Depois daquele abraço

Ana D. - Christmas blues - Um conto de Natal

Maria Pinto - Acreditarei em milagres?

Maribel Maia - Uma epifania de Natal

Ana D. - Casei com o Pai Natal

Isa Nascimento- A árvore de Natal

Isa Nascimento - Para mim...

Histórias à beira Rio- O pai Natal sentado

Leite Pereira - Filhos de um Natal Menor

Milorde - Conto de Natal em memória da minha avó.

Cúmplice do tempo - O Natal da saudade

Aurora Madaleno - Sonho de Natal

Merlo - O Marco no Natal

José Costa - Presente de Natal

Nala - Uma árvore de Natal mágica

bii yue - Tradição prometida

Cristina Aveiro - O calor do Natal

Margarida Mascarenhas - Um instante de Natal

 

 

 

Dezembro 02, 2022

imsilva

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Caros leitores, estas são as previsões para o dia de amanhã, 3 de Dezembro de 2022.

Logo pela manhã, hipóteses de saudável convívio entre seres pertencentes a um blog de sapianos.

Às 11,00 horas, sol numa conversa sobre livro de contos de natal numa biblioteca cheia de boas energias.

Por volta do meio do dia, reunião à volta de acepipes e coisas para compensar o desgaste emocional da conversa, referida anteriormente.

Prevê-se, mais tarde, água nos olhos de pessoas, numa triste despedida de convivas que chorando se despedem até uma próxima oportunidade, rezando para que não seja muito demorada.

E assim, caros leitores, finalizo as previsões para o dia 3 de Dezembro de 2022. Tenham um bom fim de semana.

 

 

Janeiro 19, 2022

imsilva

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Quando comecei a pedir contos de Natal, foi mesmo pelo prazer que tenho em os ler. Não imaginei o que acabaria por acontecer, e que logicamente me deixou muito feliz.
Cada vez que encontro mais um, vou logo lê-lo, cheia de curiosidade e continuo a adorar cada um deles. É muito interessante ver a imaginação de tantos neste tema.

E pronto,aqui estão os contos deste ano, maravilhosos e quentinhos, como o coração gosta. Creio que já temos todos os que quiseram escrever este ano. Se alguém está a atrasado na demanda e ainda tem algum na manga que queira expor, faça favor, teremos todo o gosto em inclui-lo. Com o número de contos que temos este ano, gostaríamos de editar um outro volume de "Contos de Natal". Posto isto, e como aconteceu anteriormente, agora vamos às burocracias, se não se importam, respondam a este questionário de preferência para o e-mail, contosdenatal@sapo.pt, a gerência agradece.

1º Pergunta  -  Autorizas a publicação do(s) teu(s) conto(s)?

2º Pergunta  -  Qual o autor que queres que seja colocado no livro, referente ao(s) teu(s) texto(s)?

3º Pergunta  -  Qual o blogue ou blogues que queres ver referenciados?

4º Pergunta  -  Quantos exemplares desejas reservar do livro?

5º Pergunta  -  Autorizas que se altere(m) o(s) teu(s) texto(s) para a grafia antiga se for caso disso?

E agora sim, deixo-vos com as maravilhosas criações deste cantinho à beira net plantado, o que me enche de orgulho.

Carta a um qualquer pai Natal - José da Xã

A herança - José da Xã

O espírito de Natal - José da Xã

Um qualquer dia  na aldeia  -  Zé Onofre

Conto de Natal - Ana de Deus

Mataram o pai Natal I - José da Xã

Mataram o pai Natal II - José da Xã

Natal de um bombeiro - Ana Mestre

Houve um tempo em que não havia Natal - Folhas de luar

O espírito de Natal - Folhas de luar

Benjamim - Ana D

Natal é amor - Ana D.

Conto de Natal 2021 - Maria Araújo

O Natal é da família - Nala

Um conto com magia - Isabel Silva

Ainda há espírito natalício - Isabel Silva

O Natal das nossas memórias - Isabel Silva

Natal em tempo de pandemia - Charneca em flor

Nunca mais será Natal - Zé Onofre

A fogueira - bii yue

Conto de Natal - Maribel Maia

A receita mais original de um doce de Natal - Olga C. Pinto

As bolachinhas - Olga C. Pinto

Os três caminhantes - Olga C. Pinto

Já nasceu - Alice Alfazema

Aqueles Natais foram diferentes - Vagueando

O melhor presente - MJP

Um louco e o Natal - Zé Onofre

O dia começou branco - Maria Neves

O papel de lustro sem pinheiro - Maria Neves

O guarda- rios azul - Maria Neves

Um trenó com histórias - historiasabeirario

O Natal do António - José da Xã

Resposta ao pai Natal - José da Xã

Laura - José da Xã

O reencontro - Alice Barcellos

E foi Natal - Cristina Aveiro

Avó, o pai Natal já se foi embora? - Cristina Aveiro

Ta-tin-ta - João Silva

Choro - Isa Nascimento

O presente escondido - Isa Nascimento

O primeiro Natal - Isa Nascimento

Nasceu no dia de Reis - Isa Nascimento

Conto de Natal - Marta Velha

filhoses e sonhos de abóbora - Di

Escrevi ao pai Natal - Mónica Silva

 

 

 

 

 

Dezembro 21, 2021

imsilva

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No sábado, foi um dia importante.

Foi um dia de encontros, de emoções, e (quem diria) de autógrafos.

Não tivemos uma fila de gente à espera da nossa assinatura, (quem sabe um dia) mas os três (e companhia) que éramos, foi suficiente (poucos, mas bons) para fazer uma sessão emotiva e marcante.

Obrigada, José e Olga pela companhia neste percurso, e pela amizade.

Um beijo enorme! 🥰

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Dezembro 17, 2021

imsilva

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Sentada no sofá, com uma manta a tapar-lhe as pernas apesar da lareira acessa, e do conforto que dela emanava, Amélia pensava na época que se avizinhava.

Estava novamente em Dezembro, o Natal já batia à porta, mas faltava a motivação, o sentimento que deveria estar a acontecer nessa altura.

Amélia recordava outras épocas, outros natais, outros anos em que a vontade de ouvir e cantar as músicas natalícias e de enfeitar todos os cantinhos da casa existia. Outros anos em que à volta da mesa se reuniam comensais sorridentes, perante as iguarias e os doces que estragavam as dietas de um ano.

Amélia perguntava-se o porquê da mudança de espírito, seria por já não estarem todos os que costumavam estar? Claro que isso já era um motivo de peso, mas, mais não era que os ciclos da vida a passarem por nós, consequência da nossa mortalidade. Ou seria a humanidade, que se estava a tornar fria, dando valor ao que o não tinha, esquecendo emoções e valores maiores, perdidos nas esquinas das distracções imediatas e traiçoeiras?

Sem saber muito bem como contrariar a falta de espírito natalício, Amélia vai pôr ao lume a chaleira para fazer um chá quando ouve a campainha da porta. Curiosa, dirige-se à entrada, e ao abri-la depara-se com as crianças mais lindas do mundo, os seus netos, cada um com uma caixa quase do seu tamanho. Atrás vem a filha e o genro, que com um grande sorriso lhe dizem, podemos vir ajudar a preparar a casa para as festas?

O filho de Amélia estava no Austrália a cumprir um contrato de 2 anos, e a filha supostamente, iria passar o Natal ao Minho a casa dos cunhados, mas acabou por decidir com a concordância do marido, que não poderia deixar a mãe e a tia que se lhe juntaria, sozinhas. Em casa dos cunhados seriam muitos, não sentiriam a sua falta, e os filhos foram da mesma opinião, a avó precisa mais da nossa companhia, disseram eles. 

Logo a seguir telefona-lhe a irmã a informar que a filha também passará a consoada com elas. Pensara que estaria de serviço no hospital nessa noite, mas tinham trocado os turnos, e ela estaria livre, podiam contar com ela e com o filho.

Afinal, o espírito natalício existia! E o amor, e a solidariedade, e o carinho, e a palavra família. 

E com um ímpeto novo, começou a preparar a sua casa para as festas com a fantástica ajuda daqueles belos ajudantes.  

 

   

Dezembro 10, 2021

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Da minha colecção

 

Mariana olhava a sua árvore de Natal muito pensativa.

Nesse dia, na escolinha, houve um colega que do alto dos seus 7 anos, declarou que o Pai Natal não existia. Mariana ficou confusa, pois tinha entregado a sua carta no marco do correio do Pai Natal, e ainda no dia anterior tinha recebido uma simpática carta do senhor das barbas brancas, em que até sabia qual o dia de anos dela.

Quando chegara a casa, por fim, pôs as suas dúvidas à mãe, contando-lhe o que o amigo dissera. A mãe sabia que mais tarde ou mais cedo teria lugar uma conversa sobre o assunto, e preparou-se para ela.

Disse à filha que o Pai Natal existiria sempre no coração dos que acreditassem. Poderia não ser fisicamente, mas emocionalmente não teria mal algum acreditar numa figura bondosa, que gostava de ver os meninos felizes, e que preenchia o seu imaginário. A magia do natal assim o permitia.

Mariana pensou muito no assunto e decidiu que queria continuar a acreditar no Pai Natal, sentiu-se aconchegada com essa decisão, comunicou-a à mãe, e foi para o seu quarto com um livro de contos de natal.

A mãe sentiu-se orgulhosa da sensatez da sua menina. Passado algum tempo e no intuito de a chamar para o jantar, foi até ao quarto da filha e entreabriu a porta curiosa com o som de uma voz que não parecia reconhecer. Foi quando estupefacta, viu uma imagem inusitada. O Pai Natal, sentado na cama da Mariana, contava-lhe uma história.

 

Conto no âmbito do desafio Os nossos contos de Natal

Livro dos contos de natal do Blog

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