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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Simplicidade

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Setembro 06, 2024

imsilva

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Uma pequena chávena de café, acompanhada por um doce que uma boa amiga de Aveiro me traz quando vem cá.

Uma simplicidade escondida? Poderão dizer que para alguns será um luxo, mas como tudo na vida, há várias maneiras de olhar para um assunto, para um quadro, para um livro, ou para uma construção que a uns parece perfeita e a outros um mamarracho.

A simplicidade não tem nada de simples. Estilistas escondem-se atrás de um pano branco, com o que criam obras no mundo da costura que poderão custar os olhos da cara. Cientistas dizem ser simples as equações que dão informação ao mundo de outros mundos e de segredos guardados há milhões de anos. Uma vida simples pode ser a de um pastor que guarda o seu rebanho no meio dos pastos solitários, mas se perguntarem, talvez não seja essa a resposta que o pastor daria. Poderá ser simples a vida num palacete cheio de mordomias e obrigações, apesar de aparentar o contrário.

O nosso sentido de simplicidade pode não ser igual à do vizinho. A nossa simplicidade depende daquilo a que chamamos simplicidade.  

Setembro 04, 2024

imsilva

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Paciência, tem limites?

Por vezes penso que já a esgotei toda, mas parece que algures existe um poço de donde surge sempre mais uma dose (felizmente).

Ao mesmo tempo, creio haver alguma ligação com alguns dos nossos neurónios que por sua vez, vão sofrendo com isso. Ganhamos paciência, perdemos pedaços de cérebro.

Jesus Cristo não engana, de certezinha que vivia em ansiedade e com a paciência no limite, mas será que aquele balofo e sorridente Buda alguma vez soube o que é isso?

Enfim, só mais uma dúvida existencial.

Sempre a subir

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Agosto 23, 2024

imsilva

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Praia de S. Sebastião - Ericeira

Nascemos, e todos esperam que aprendamos. No meio do rebuliço que a vida é nessa altura, as únicas preocupações que temos é se o comer está pronto e se é algo que nos agrade, e qual será a brincadeira que vamos fazer a seguir.

Quando já não passamos o dia a brincar, vêm as responsabilidades, o estudo e o começar a perceber a vida como ela é. Percebemos que precisamos de dinheiro para tudo e mais alguma coisa e aí começam também outro tipo de preocupações.

Passado pouco tempo, vemo-nos a viver com alguém com quem partilhamos o dia a dia, vemo-nos com filhos e uma série de compromissos que nos dão algumas dores de cabeça.

Numa outra fase, cansados de responsabilidades e de andar a criar os descendentes, muitas vezes temos de apoiar os ascendentes. Mas, ansiamos por uma vida mais calma, mais descontraída onde possamos descansar e relaxar. Lutamos por uma reforma condigna que nem sempre chega a tempo, nem dignidade tem no nome.

Com sorte, não teremos grandes problemas de saúde, os pequenos teremos sempre, e iremos pela vida fora aguentando-nos nas canetas com mais ou menos apoio de quem de direito. Será a calmaria na nossa casa ou o sítio de despejos de velharias? 

Começamos no primeiro degrau e por aí acima vamos. Com custos ou sem eles, é sempre a subir.

Julho 17, 2024

imsilva

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É dia de escrever...

E eu vou escrever sobre mim, sobre ti, sobre eles, sobre todos os sentimentos, emoções, limites e contradições do ser humano.

E que posso escrever eu? sou uma no meio de tantos. Tantos tão diferentes, uns alegres e a chorar por dentro, outros felizes mas sisudos, outros alienados da vida real num mundo só seu e todos a viver como podem, bem, mal, assim assim, a chorar, a rir, a sentir, retraídos ou expansivos, mas todos na luta.

Um emaranhado de almas que se entrelaçam em encruzilhadas de vidas, onde os olhos se cruzam e os sentimentos bailam uma dança estonteante com passos loucos à roda de emoções, nem sempre entendidas pelos que estão ao lado.  

Poderia escrever infinitamente sobre mim, sobre ti, sobre eles, mas, seria exacto, teria razão?

 

Cristo Rei português

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Junho 21, 2024

imsilva

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Já que o Cristo Rei não veio até mim, fui eu até ao Cristo Rei.

Na espera que os netos saíssem da escola, pensamos em ser bons patriotas e fazermos a visita ao senhor que tudo vê, tal o sítio onde se encontra, e que apesar de estar com os braços abertos tem um ar algo assustador.

Um caminho algo tortuoso, sem GPS não se chega lá, mas uma envolvência muito agradável à volta do magnífico monumento. 

O que dizer? É uma estátua, é grande, é intimidante, e é cara. 8€ por pessoa para subirmos aos seus pés e vermos a vista de lá. Sem dúvida uma vista fantástica, mas não creio que valha assim tanto.

Já podemos pôr um Check na nossa lista de " O que um português deve visitar no seu país, antes de morrer".

 

Junho 05, 2024

imsilva

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E lá vou eu juntar letras e palavras para ver se sai alguma coisa.

Estou a zero, não sei sobre o que hei-de escrever, mas sei que elas (as palavras) puxam umas pelas outras, e que são como as cerejas, come-se uma e não se resiste a comer mais.

Para além disso a vida tem sempre muito que se lhe diga, está cheia de sentimentos bons e menos bons, de surpresas que nos atingem todos os dias e nem sempre das melhores, de lutas diárias a que nos mandamos com garra e vontade de vencer, ou de lutas que não temos capacidade para vencer e em que acabamos por nos dar por vencidos.

Tudo isto é verdadeiro, por vezes muito triste, por vezes com bons resultados, dependendo da genica e empenho que se ponha no assunto. 

Isto será o cerne do ser humano e das suas capacidades. Depois temos o envolvimento, a paisagem, literalmente. A Natureza, o sol, um céu que poderá ter várias cores, o oxigénio do verde das árvores, a água do mar que nos dá tranquilidade ou nos ajuda a despejar frustrações e angustias, 

Com um pouco de sorte teremos também outros seres que nos ajudam a manter a sanidade mental, a carregar os pesos inerentes a decisões e a festejar as conquistas da tal vida que ninguém disse que seria fácil.

No final o saldo, salvo raras excepções, é positivo. Atrás de uma tempestade vem sempre a bonança. No caminho temos momentos maravilhosos que nos ajudam a seguir nos que não são tão bons, e aprendemos. Aprendemos que temos de saber aproveitar o que temos nas mãos e sentirmos que não precisamos de muito mais. Aprendemos que isto é uma passagem e que bom é podermos fazê-la acompanhados dos outros seres que também fazem o seu melhor para isso. Aprendemos (creio que alguns não foram às aulas nesse dia) que não vale a pena guerrear por coisas que não merecem importância, ou outras que com a devida calma poderiam ser resolvidas, e que a tolerância faz parte do nosso vocabulário.

Antes que as palavras se esgotem  acabo esta reflexão que começou do nada, e provavelmente no nada acaba. Porque assim é a tal vida...

Abril 24, 2024

imsilva

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Escrever

Vontade de escrever, obrigação de escrever, necessidade de escrever, talvez escrever, seja suficiente e quem gosta de escrever vai-me entender.

Há algo na preparação da escrita, encontrar o espaço, escolher a maneira de o fazer, seja em papel ou em teclas, que nos faz antecipar o prazer do resultado, a expectativa da harmonia de palavras e frases que nos prolongam, nos complementam, traduzem desejos, ideias, que dão azo à imaginação que guardamos cientemente e que no texto podemos lançar ao mundo.

Não é preciso ter o talento de um escritor, só precisamos de vontade e gosto em juntar as letras do abecedário e exprimirmos gostos, sensações, ideias mais ou menos arrumadas e depois sabermos que um pouco de nós ali ficou.

Se a ideia não é publicar um livro, isto será suficiente para aumentarmos um pouco a nossa felicidade. 

Abril 10, 2024

imsilva

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 Maria Saraiva de Menezes  escreveu uma história por dia, durante três anos.  Aqui se encontram 1095 histórias de emoções, sentimentos, vivencias que poderiam ser de qualquer um de nós. Com mestria, inteligência  e sensibilidade, retratou a vida e contou a maravilhosa diversidade humana que existe. Para mim, que estou na leitura deste livro, com calma e parcimônia, para ser absorvido e apreendido como ele merece, só posso dizer que vale muitíssimo a pena.

Este post deveria estar na sua casa livrosecoisasdavida.blogs.sapo.pt, mas como este tem poucas visitas, achei por bem publicar neste blog para mais divulgação, porque merece que mais pessoas saibam da sua existência.

                                                                   

Firmino tinha o hábito de escrever cartas a si próprio para não se sentir tão sózinho. Costumava começar por cumprimentar, amavelmente, perguntando sempre pela família. Depois, contava as novidades a si próprio, que ele já sabia, mas fingia desconhecer, por educação. Terminava a carta despedindo-se elegantemente e pedindo para escrever de volta. E acrescentava: P.S: Queira fazer o obséquio de aceitar esta carta a pagar os portes no destinatário.

Que tal?

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