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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Pode ser camélia?

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Abril 25, 2025

imsilva

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No dia 25 de Abril de 1974, disseram-me que não iria à escola, que havia guerra em Lisboa e a escola estava fechada. O meu tio tinha ido a Lisboa tratar de qualquer coisa e a minha avó chorava com medo. 

Há distância de alguns dias, percebi que sim, tinha acontecido algo, algo bom, mas já resolvido e com bons resultado.

Em minha casa era mais importante viver o dia a dia do que meter-se na política. Eu não tinha noção de que tínhamos vivido em fascismo e  em casa não se falava disso. Tínhamos vindo de Espanha há uns meses e foi tudo muito rápido.

Ao longo dos anos fui entendendo os meandros que envolvem os governos, e percebendo os direitos e deveres a que o cidadão está sujeito a bem da civilização e harmonia no convívio entre pessoas.

Vejo na televisão, neste momento, seres humanos contra outros seres humanos porque não têm as mesmas opiniões e ideologias, e pergunto-me onde estão os direitos e deveres destes cidadãos.

Vamos continuar a lutar para que a liberdade, porque os nossos antepassados lutaram, continue viva e em pleno vigor. Vamos continuar a lutar para que a liberdade de expressão e de opinião, não fique encarcerada em mentes pequenas e mesquinhas.

Não tenho cravos, pode ser uma singela camélia? 

Fevereiro 05, 2025

imsilva

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Esta t-shirt (e outras três) foram mandadas fazer por ocasião dos Stones virem a Portugal, mais especificamente ao Rock in Rio. Estão lá os bilhetes para esse espectáculo e o bilhete do concerto em Alvalade há uns anos bons. As pessoas na rua, perguntavam-nos onde as tínhamos comprado, foram um sucesso. A parte de trás é um quadro pintado por um amigo, entretanto falecido, e que eu ofereci ao meu marido num aniversário. Os Stones são a excelência da excelência para o meu marido.

Há dias anunciaram a visita dos Stones a Portugal em Maio. Franzi o nariz a achar muito estranho, mas as antenas ficaram logo no ar à espera de saber o dia para fazermos a compra dos bilhetes imediatamente. Pensei ; ainda vamos usar a t-shirt outra vez! O meu marido tinha-a usado há pouco tempo, e disse-lhe logo que não podia usá-la mais porque ia ser precisa para o concerto.

Claro, evidente, afinal não vêem! Ah, os joelhos e tal, ah, preciso de uma prótese na anca, ah, o meu médico diz que não convém fazer grandes viagens. E é isto, vale os espectáculos que já vi. O de Alvalade foi um estouro, foi de fazer bater o coração, o pé, a mão, e tudo o que pudesse bater. O do Rock in Rio foi um pouco mais confuso, ao ar livre no meio de um maralhal inquieto, o que não deixou de fazer com que mexessemos tudo. 

Ainda bem que existem memórias e esperança de que afinal apareçam por aí.

1 de Janeiro de 2025

1 Foto, 1 Texto

Janeiro 03, 2025

imsilva

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Não, não tirei esta fotografia num tranquilo passeio à beira mar num bonito dia de folga. Tirei esta fotografia no fim de 7 horas de trabalho duro, em que antes de entrar no carro para ir para casa, fui espreitar a praia que fica a 40 metros e que não aproveito como deveria.

É beleza pura, é arte da natureza, é de graça, e nem sempre é valorizada.

Há muito que não via um pôr-do-sol no mar e por ser parva, uma vez que tenho a praia tão perto. A benção que é ser inundada por aquelas cores mutantes, o conforto que recebemos é ímpar. Creio que é um refúgio aos pensamentos, tudo fica para trás e só importa aquele momento, aquela despedida do dia que aconteceu e a esperança no dia que virá.

Um Bom Ano de 2025 

Outubro 23, 2024

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"Sabes o que é que as pessoas realmente querem? Todas as pessoas, digo. Toda a gente no mundo está a pensar: quem me dera ter alguém com quem pudesse realmente falar, que realmente me compreendesse, que fosse gentil comigo. É isso que pessoas querem, se estiverem a dizer a verdade.”

.“Na verdade já atingi o patamar em que olho para as pessoas e digo - ele ou ela, eles são aquilo que são, porque escolheram ficar bloqueados numa determinada fase das suas vidas. As pessoas mantêm-se sãs bloqueando-se, limitando-se a elas próprias.”

 

—  Citações do romance “O Caderno Dourado”, da escritora britânica Doris Lessing (22 de Outubro de 1919 – 17 de Novembro de 2013), que ontem faria 104 anos.

Hoje foi o copianço das palavras de uma mulher que admiro, mas que estou desconfiada que não seria fácil de aturar. Na imagem ficou-me a Senhora do carrapito que ao chegar a casa carregada com uns sacos de compras, leva com uns repórteres que lhe colocam à frente microfones, e lhe perguntam o que acha do grande premio Nobel que lhe acabam de atribuir. Dóris não lhes dá importância nem pula de alegria. 

 

 

Outubro 09, 2024

imsilva

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O que é o racismo? Qual racismo? O que sentimos em relação ao vizinho que teima em ouvir música em altos berros? Ou em relação à senhora que se senta todos os dias no banco do pequeno jardim a rogar pragas aos pombos e às crianças que passam a correr?

Será que a cor de alguém interessa ou será só a condição humana desse alguém que conta.

Sou de ódios de estimação, poucos mas fortes. O senhor que tratou mal o funcionário que mais não fazia do que fazer o seu trabalho, ou o que olhou mais do que a conta para a funcionária que ficou incomodada. Nenhum deles vai tornar a ver-me os dentes. Estes são alguns dos exemplos do meu trabalho que me fazem ser racista, porque são da raça dos parvos.

Tenho como experiência pessoal, os ciganos. Temos por cá famílias que sempre cá viveram, uns entraram na nossa comunidade, conviveram e cresceram connosco e ninguém se lembra de que raça são, outros (familiares dos primeiros) continuam dentro do seu mundo, recebendo subsídios e coçando o cu pelas paredes.

Também por cá temos gente, dita de raça branca, que não passam de uns pobres desgraçados, que nunca souberam o que era trabalhar e que vão corroendo a vida dos pais pouco a pouco, até estes faltarem e descerem mais um degrau, andando a arrumar carros. Não são produtivos, recebem também subsídios e não vieram de fora.

No meu restaurante, se não fossem os brasileiros que tenho a trabalhar comigo, estava tramada porque não aparecem portugueses a pedir emprego. Tenho 10 brasileiros e gosto muito deles. São jovens, alguns nem os pais têm por cá e vou servindo de mãezinha. Protego-os, e preocupo-me com as suas vidas e com as suas condições de habitação intervindo quando necessário.

O que será realmente o racismo, terá mesmo a ver com raças, ou com pessoas simplesmente?

Setembro 27, 2024

imsilva

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Hoje é sexta feira. Hoje é dia de escrever sobre uma foto. Hoje é dia de manter um compromisso. 

Quando pensei numa foto, olhei e vi a Angie a fazer meditação e pensei, porque não? Se uma gata faz meditação, isso só poderá dar um post! Vai daí, tirei-lhe a fotografia antes que desse por isso, e aqui está ela (reclamo muito com as gatas, mas têm sido muito inspiradoras neste blog, terei que rever os meus sentimentos por elas).

Dizem que meditação faz bem, acalma, que ajuda a ter ponderação, e pela calmaria que esta gata tem, tenho de acreditar naquilo que dizem. Se resulta com toda a gente é que já não sei. Pela quantidade de gentinha nervosa e irritada que por aí anda, a fazer porcaria, a criar situações que levam à morte dos seus pares, eu seria a favor de um curso intensivo de meditação a todos os que querem postos de chefia, já seja em empresas, já seja para aqueles que entendem que sabem governar um país e o mundo. 

Tenho dito! (Obrigada Angie)

Simplicidade

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Setembro 06, 2024

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Uma pequena chávena de café, acompanhada por um doce que uma boa amiga de Aveiro me traz quando vem cá.

Uma simplicidade escondida? Poderão dizer que para alguns será um luxo, mas como tudo na vida, há várias maneiras de olhar para um assunto, para um quadro, para um livro, ou para uma construção que a uns parece perfeita e a outros um mamarracho.

A simplicidade não tem nada de simples. Estilistas escondem-se atrás de um pano branco, com o que criam obras no mundo da costura que poderão custar os olhos da cara. Cientistas dizem ser simples as equações que dão informação ao mundo de outros mundos e de segredos guardados há milhões de anos. Uma vida simples pode ser a de um pastor que guarda o seu rebanho no meio dos pastos solitários, mas se perguntarem, talvez não seja essa a resposta que o pastor daria. Poderá ser simples a vida num palacete cheio de mordomias e obrigações, apesar de aparentar o contrário.

O nosso sentido de simplicidade pode não ser igual à do vizinho. A nossa simplicidade depende daquilo a que chamamos simplicidade.  

Setembro 04, 2024

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Paciência, tem limites?

Por vezes penso que já a esgotei toda, mas parece que algures existe um poço de donde surge sempre mais uma dose (felizmente).

Ao mesmo tempo, creio haver alguma ligação com alguns dos nossos neurónios que por sua vez, vão sofrendo com isso. Ganhamos paciência, perdemos pedaços de cérebro.

Jesus Cristo não engana, de certezinha que vivia em ansiedade e com a paciência no limite, mas será que aquele balofo e sorridente Buda alguma vez soube o que é isso?

Enfim, só mais uma dúvida existencial.

Sempre a subir

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Agosto 23, 2024

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Praia de S. Sebastião - Ericeira

Nascemos, e todos esperam que aprendamos. No meio do rebuliço que a vida é nessa altura, as únicas preocupações que temos é se o comer está pronto e se é algo que nos agrade, e qual será a brincadeira que vamos fazer a seguir.

Quando já não passamos o dia a brincar, vêm as responsabilidades, o estudo e o começar a perceber a vida como ela é. Percebemos que precisamos de dinheiro para tudo e mais alguma coisa e aí começam também outro tipo de preocupações.

Passado pouco tempo, vemo-nos a viver com alguém com quem partilhamos o dia a dia, vemo-nos com filhos e uma série de compromissos que nos dão algumas dores de cabeça.

Numa outra fase, cansados de responsabilidades e de andar a criar os descendentes, muitas vezes temos de apoiar os ascendentes. Mas, ansiamos por uma vida mais calma, mais descontraída onde possamos descansar e relaxar. Lutamos por uma reforma condigna que nem sempre chega a tempo, nem dignidade tem no nome.

Com sorte, não teremos grandes problemas de saúde, os pequenos teremos sempre, e iremos pela vida fora aguentando-nos nas canetas com mais ou menos apoio de quem de direito. Será a calmaria na nossa casa ou o sítio de despejos de velharias? 

Começamos no primeiro degrau e por aí acima vamos. Com custos ou sem eles, é sempre a subir.

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