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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Julho 02, 2021

imsilva

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Quando escrevi  Parar? Como?  foi quando morreu a Maria João Abreu.  Na altura todos diziam que o cansaço que ela tinha , era um sinal de que devia parar, que estava a entrar na exaustão.

Entretanto, a Marta escreveu este maravilhoso post A subida e completou-o quando eu escrevi Quando a vida muda...

Ora, toda a gente sabe que as palavras são como as cerejas, como as opiniões, como os comentários, atrás de uns, vêm outros.

Daí o meu comentário ao texto da Marta se ter transformado em post.

Todos nós trilhamos caminhos, subimos algumas montanhas, com mais ou menos custo, e na maioria das situações com a obrigação as costas. Quantos de nós diremos um dia ; "Tenho que parar, estou esgotado, esta semana não contem comigo a tempo inteiro.?"

Quantos de nós poderemos dizer isso um dia?

Eu fui obrigada a parar, e sinceramente correu bem. Passaram sem mim, alguém se esforçou mais para isso acontecer, mas o certo é que foi possível.

Mas, se eu não tivesse ido parar ao hospital, teria tido a coragem de dizer ; não contém comigo esta semana? Não, não o teria feito, simplesmente porque não sabemos quando estamos a pisar o risco. Porque cansaço e nervos é o pão de cada dia no trabalho que nos dá o ganha pão para vivermos com um mínimo de dignidade.

Se foi o cansaço que me levou a parar? Quem sabe? Provavelmente não...Foi um vírus, dizem eles. Para além de  as teorias da conspiração dizerem que poderá ter sido uma sequela da vacina, tomada 4 dias antes.

De qualquer das maneiras, deveríamos cuidar-nos, deveríamos olhar mais para nós próprios, deveríamos saber que não somos invencíveis, e que mesmo sabendo lutar deveríamos saber parar, inspirar, expirar, e sentirmos o sangue que nos percorre as veias, como um bem precioso que deve de ser cuidado.

Ah! É tão bom escrever baboseiras...O último paragrafo deve de ser de uma novela alienígena, só pode!

Cuidem-se! Mais asssim ou mais assado, mas que seja da melhor maneira possível.  

 

 

Junho 01, 2020

imsilva

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Há mudanças na vida propositadas e as que nos obrigam a fazer, como estas por que todos estamos a passar, por causa dum mínimo e parvo vírus que nos virou a existência de pernas para o ar.

Uma das vantagens, é que ao fim de 7 anos fomos à praia em família. Trabalhos desencontrados é o que dá, quando uns podem, outros não. Depois do confinamento, ainda conseguimos esta proeza. Agora, já trabalhando a oportunidade foi-se.

Entretanto, o negócio abriu portas e a ansiedade foi mais que muita. Quem lida com público sabe que dependemos muito dele, se está bem disposto, se acordou com os pés de fora, se só está rabugento ou se é assim de nascença. Infelizmente levamos com eles, estejam eles como estiverem. Não digo mal dos clientes, falo só de alguns que felizmente são uma pequenina minoria. 

Numa crise como esta em que há milhentas regras para serem cumpridas, mais difícil é gerir os incautos, ou os que se julgam acima de qualquer lei ou regra que foram criadas só para os outros, não para eles.

Passei por um período terrível na preparação da reabertura. Visitei menos a blogosfera, não tive ânimo para comentários, escrevi os 2 últimos desafios dos pássaros porque foram desabafos passados ao papel, e refugiei-me no colo dos livros o que também deu publicações.

As coisas estão a tomar forma, já me sinto a normalizar e tive necessidade de escrever sobre o assunto, de registar esta fase neste diário de bordo, onde a minha vida tem sido gravada sem ter dado conta disso, foi mais uma consequência da abertura deste blog, ou desta minha característica de ser eu sem filtros nem histórias inventadas.

A vida segue, com vírus ou sem ele, ( seria tão bom) e como sempre o ser humano adapta-se, contorce-se, vira-se e continua.

desafio de escrita dos pássaros #2.6

oh não, um vírus outra vez

Março 06, 2020

imsilva

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Sílvia e Ana Maria estavam no laboratório, rodeadas de pipetas, lamínulas e toda a parafernália necessária para o estudo epidemiológico que tinham em mãos, preparando as amostras devidas para subsequentemente serem analisadas e observadas ao microscópio. 

Ana Maria bocejou sem conseguir disfarçar, após 10 horas em pé com raros descansos no banco em que se sentava, quando tinha que ir ao famigerado microscópio.

O que acontecia naquela sala, repetia-se por todo o edifício há já 2 meses. Ou seja, todas as salas de todos os andares, viviam aquele frenesim, cheias de trabalho e de gente quase a cair para o lado, devido ao pouco descanso que tinham, depois de terem acedido ao pedido da direcção, para tentarem com a maior urgência possível, descobrir o que se passava com um vírus que estava a alarmar o mundo, com o nº de infectados a aumentar todos os dias.

Não era tão inusitado assim, quando há 7 anos atrás já tinham sentido a preocupação e o medo inerente a algo que não era reconhecido no mundo da microbiologia e da virologia. Felizmente não tinha sido difícil de resolver na altura, e isso esperavam agora, resolvê-lo também.

Quando conseguiram 15 m. para beber um café e descansarem os olhos de toda a pressão a que estavam sujeitas, Sílvia e Ana Maria sentaram-se finalmente na cantina, onde se encontravam 3 outros membros daquele bravo pelotão de ataque a fazer o mesmo. Aqueles eram momentos preciosos para poderem continuar.

- Sabes, estou bastante assustada com este bicho, tem características tramadas, espero bem que possamos fazer alguma coisa - comentou Sílvia.

- Tens razão, nunca tínhamos tido dentro do país, tantas pessoas afectadas. Todos os dias aumenta o nº, e as mortes ultrapassam significativamente o que já vimos anteriormente.- a expressão de Ana Maria era de real preocupação.

- Sinto-me orgulhosa das condições que aqui temos, e dos estudos que estamos a levar a cabo.

- Sim, mas não é suficiente para chegarmos a conclusões satisfatórias, temo que demoraremos meses, e não me parece que tenhamos tanto tempo para o fazer.

- Lembras-te do que o Professor "Não sei das quantas" disse ao princípio? que o vírus não se dava com o nosso ar húmido e com o iodo das nossas praias, que o nosso país estava protegido.

- Pois é, até as cabeças mais bafejadas pela inteligência, dizem bacoradas. Vamos mas é voltar para a nossa bela sala esterilizada e fazer por salvar a humanidade desta catástrofe.

10 dias mais tarde, fariam a descoberta que levaria à vacina do vírus que neste momento tanto as preocupava.

 

 

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