Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Janeiro 24, 2024

imsilva

21519071_mL3Jv.jpeg-1.jpg

Há 5 anos desafiei para este desafio, e foi muito bom receber os textos que escreveram. Mas, com falta de práctica, não os guardei. 

Lembro-me de textos maravilhosos onde pusemos a nossa visão, os nossos sentimentos, e as nossas dores sobre a bela da idade dos mais de 50 anos.

Sei que alguns dos que participaram, por este ou por aquele motivo, não estão por aqui agora. Por isso, creio haver duas opções, a 1º é pedir aos que estão, que me enviem os links dos  posts onde os publicaram, assim poderia juntá-los e quem quisesse dar uma vista de olhos, creio que só poderia ganhar com isso. 

A 2º é que poderiam publicá-los novamente e os novos bloguers que quisessem participar com novos textos, seriam muito bem recebidos.

Que dizem? A 1º ou a 2º hipótese

Digam de vossa justiça. Pela minha parte vou republicar os meus, sim, plural, porque fui uma abusadora e fiz 5 textos (estava entusiasmada com a idade).

Façam favor de responder ao questionário que segue em baixo;

Brincadeira! 

Junho 29, 2021

imsilva

FB_IMG_1620757709046.jpg

MARIA DO ROSÁRIO PEDREIRA, in POESIA REUNIDA (Quetzal, 2012)

Vamos ser velhos ao sol nos degraus
da casa; abrir a porta empenada de
tantos invernos e ver o frio soçobrar
no carvão das ruas; espreitar a horta
que o vizinho anda a tricotar e o vento
lhe desmancha de pirraça; deixar a

chaleira negra em redor do fogão para
um chá que nunca sabemos quando
será - porque a vida dos velhos é curta,
mas imensa; dizer as mesmas coisas
muitas vezes - por sermos velhos e por
serem verdade. Eu não quero ser velha

sozinha, mesmo ao sol, nem quero que
sejas velho com mais ninguém. Vamos
ser velhos juntos nos degraus da casa -

se a chaleira apitar, sossega, vou lá eu; não
atravesses a rua por uma sombra amiga,
trago-te o chá e um chapéu quando voltar.


Poster: Endless love, © Susan Delain

 

Setembro 11, 2019

imsilva

biker-2693242_1280.jpg

Não, não tem a ver com o livro de Huxley, tem a ver com motas e cinquentões.

Tenho à minha volta, várias pessoas que depois dos famosos 50s, tornaram-se "motards" com direito a tudo, blusões de cabedal com o símbolo do seu grupo, e tatuagens inclusive (alguns). Contra tudo e contra todos, muitos começaram do zero, ou seja, tiveram que aprender a andar de mota. E, (apesar de eu "nunca") acho admirável, corajoso, e prova de que a vida pode dar uma grande reviravolta, pela positiva, e começar aos 50s.

Há uns anos atrás, (não tantos assim), depois dos 50s as pessoas tornavam-se circunspectas, e bem comportadas. A época das maluquices, tinha acabado e juízo exigia-se.

Agora, é a altura em que as pessoas fazem novas descobertas, novos desafios, e em que realizam sonhos antigos. É o MÁXIMO!

Este poderia ser mais um texto dos "cinquentas", mas não é, este é um texto que homenageia a garra destes novos (velhos) motards, a quem faço a minha vénia, e a quem devoto a minha mais sincera admiração. (pelo amor de Deus, não se esqueçam do capacete).

 

Junho 11, 2019

imsilva

 

 

familia-dibujada-mano_23-2147849937.jpg

 

Desculpem, os nossos velhinhos, idosos, usados, anciãos, enfim o que lhes quiserem chamar.

O que podemos fazer quando aqueles que foram a nossa referência, de trabalho, de energia, de resoluções, de pessoas, aqueles de quem dependíamos, passam a ser dependentes de nós? Quando os vemos perder a energia, as resoluções, quando vemos que já não conseguem sozinhas viver no seu canto, entre as suas coisas, nos seus domínios que sempre dominaram tão bem? Quando estamos com o nosso tempo ocupado com o trabalho, muitas vezes dando ainda uma ajuda aos descendentes, e vemos como os nossos ascendentes precisam de nós? Como fazer?

Não há fórmulas mágicas, nem soluções perfeitas, cada um vai ter que resolver à sua maneira, e não vai ser à maneira da prima ou do vizinho do lado. Mas é assustador!

Eles merecem o nosso melhor, por todos os motivos e mais alguns, viveram conforme puderam e os deixaram, lutaram, sofreram, celebraram, deram o que tinham e o que não tinham para nos criarem, e alguns, muito pouco descansaram (porque não sabiam que podiam descansar).

Alguns de nós deram alegrias e satisfações, outros deram preocupações, e outros ainda verdadeiros desgostos, mas eles continuaram de pé, sem desistir, e a fazer tudo o que podiam para continuar a viver, muitas vezes sabe Deus como!

Estou-me a referir, a uma certa geração, porque os futuros “velhotes” já souberam e tiveram a oportunidade de viver de outra maneira, sem os apertos e amarguras de outros tempos, mas não sem as preocupações e os desgostos, que esses são transversais no tempo.

Estou a falar da geração dos meus pais, que cresceram e viveram em meios onde não aprenderam a relaxar e a apreciar a vida à volta, alguns ainda conseguiram fazê-lo, mas mais tarde (porque não sabiam que o podiam fazer) .Estou a falar das pessoas que agora têm 80 ou 90 anos.

E quando faltar o comando, como vamos fazer?. Será que vamos ter a disponibilidade que eles tiveram quando tomaram conta de nós? Dificilmente. A situação, por muito que tentem comparar, não tem qualquer tipo de comparação. Uma criança não é um “velho”, mudar uma fralda a um bebé, não é mudar uma fralda a um “velho”. Desculpem-me os mais sensíveis, mas a realidade é essa, mesmo sendo os nossos “velhotes”.

Sinceramente, tenho medo, muito medo, não quero vê-los dependentes, nem quero imaginar tal situação, tenho medo de a não saber resolver, e falhar-lhes.

Quando chegar o momento, vai ser uma das nossas responsabilidades, e não vamos poder descartá-la, nem a eles.

 

 

 

Livro dos contos de natal do Blog

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D

Livro dos contos de natal 2 do Blog

Em destaque no SAPO Blogs
pub