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pessoas e coisas da vida

pessoas e coisas da vida

Quando me perdi de mim...

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Maio 09, 2025

imsilva

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Quando me perdi de mim, me perdi do mundo, das cores, dos cheiros, dos sons, do querer

Quando me perdi de mim, veio a escuridão, veio o silêncio, veio o medo

Quando me perdi de mim, me perdi no vento norte e me arrastei por um céu inóspito que não me quis recolher

Quando me perdi de mim, perdi a minha sombra encerrada no vazio, perdi as recordações que me seguravam, perdi o amor que me obrigava a viver

 

 

Abril 30, 2025

imsilva

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Qual será a percentagem de empatia no ser humano? 

Vemos situações caricatas, por vezes na televisão ou nas redes sociais, em que pessoas passam por quem precisa de uma ajuda, seja com um carrinho de bebé, seja um idoso (ou não) que deixa cair sacos com que ia carregado, seja alguém com dificuldade a subir ou descer uma escada, seja uma pessoa com algum tipo de deficiência a atravessar uma rua, e o que fica comprovado é que há um mínimo de pessoas que se preocupam em dar algum tipo de ajuda, e muitas que simplesmente ignoram. 

É assustador saber que seres humanos não sentem qualquer coisa pelas dificuldades de outros. Que não sabem por-se no lugar do outro, que julguem que são maiores e que não precisarão de ajuda na sua vida.

Sabemos como o mundo está, matar não custa nada, destruir o pouco que os outros têm é ordem do dia, sofrimento alheio não dói. Acabamos de ter algo inédito como um apagão em vários países, que duvido que algum dia saibamos como e porquê. Cada um vai por si, compra toda a água que houver, porque não interessa que os outros também a necessitem.  

É triste, é um fado amargo, é a sensibilidade a desaparecer num mundo que já foi de entreajuda e onde uma aldeia criava as crianças da comunidade, onde o que havia era de todos. Falo de outros tempos longínquos, porque hoje existem seitas que tentam o mesmo método, mas com gatos escondidos de rabo de fora, o que invalida completamente algum bom propósito.

Estendamos a mão ao próximo, olhemos para o lado e vejamos quem está lá. Sempre ouvi dizer que um copo de água não se nega a ninguém, estejamos atentos àqueles que têm sede. Solidariedade precisa-se!

Tentando responder à pergunta feita no princípio, creio que a percentagem é capaz de, com alguma boa vontade da minha parte neste número, bater os 10%. Aceitam-se outras opiniões. 

Os que não estão

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Abril 18, 2025

imsilva

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As palavras puxam palavras, os pensamentos vêm uns atrás dos outros sem pedir licença, e assim no dia de hoje, vieram lembranças e recordações das pessoas que já não estão.

Familiares, amigos, um exército de pessoas que tenho a certeza zelam por mim. A morte deixou de ser algo confuso. Lembro-me de em criança o cemitério ser assustador, tentava não respirar aquele ar, não sei muito bem porquê. Agora é o sítio onde estão pessoas que eu amo, que fizeram parte da minha vida, de uma maneira ou de outra, e são tantos.

Sinto-me dividida entre a vida que já foi e a que hoje é. Falava, pedia conselhos, trocava ideias com quem já não o posso fazer, e agora continuo a fazê-lo com quem está, mas sempre com as palavras dos outros na memória.

Um dia também vou faltar, e espero que alguém sinta como eu, que sintam que as minhas palavras fizeram sentido e que a minha recordação conforta.

Boa Páscoa.

Desgaste

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Abril 11, 2025

imsilva

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Tudo se desgasta, até o muro supostamente resistente ao tempo, aos transeuntes, ao clima que varre a sua superfície com sol, vento, água, areia e o marca indelevelmente com histórias e rugas, belas rugas.

As minhas (nossas) rugas também são assim. Vão traçando as linhas da vida que aconteceu e as histórias que por elas passaram. Boas, más, por vezes ambíguas, mas inexoravelmente fazendo parte do que nós somos. Sorrisos, lágrimas, alegria, dor, marcas que nos acompanharão para sempre, e poderão fazer de nós melhores ou piores pessoas, conforme as conseguirmos gerir.

Felizmente, o sol, a chuva e o vento, continuam a fazer parte do todo a que nos agarramos nos maus e nos bons momentos. Ajudam-nos a sentir que a vida continua e que mesmo com mossas, nós também continuamos.

Março 21, 2025

imsilva

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A poesia pode ser...

Percorrer um caminho empedrado com passos delicados

Beber de um riacho de água cristalina que parece cantar

Fazer uma oração à vida com palavras e emoção

A magia do jogo das letras num tabuleiro de esperança

A flor que dá cor e brilho a uma existência mais cinzenta

O desafogo dos sentimentos expressados em arte

Uma tentativa de beleza com paixão

A Janela aberta

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Março 07, 2025

imsilva

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Pela janela aberta querem fugir os meus pensamentos

Forço-os a ficar, mas com muito custo

São teimosos, insistem em voar

Pela janela aberta, vejo sonhos

Levitam leves como penas, sem peso para assentar

Pela janela aberta, entra a esperança, sempre sem pressa

Nem sempre consegue ficar

Pela janela aberta solto uivos, gritos, agonias que chegam alto

E que depressa regressam a onde saíram

Pela janela aberta espero e desespero

Por um cheiro a flores, a mar, a vida

Por um vento que traga boas novas

Por um vento que me traga a alegria

 

Fazendo o pino

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Fevereiro 28, 2025

imsilva

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Já vos aconteceu quererem fazer o pino para ver se as coisas ficam mais bonitas de outro ângulo?

Tenho a certeza que sim. Eu já, muitas vezes. Que mais não seja para mudar a vista.

Por outro lado, o pino fazemos nós muitas vezes quando temos que resolver alguma coisa, e percebemos que sem fazer o pino, não vamos lá. 

Os anos passam e as coisas não ficam mais fáceis como nos prometeram. Sentimo-nos enganados "onde está o sossego que disseram que os anos traziam?". Deve de ter ficado na alfândega, não deixaram passar porque gostam de nos ver a fazer o pino.

E quando a paciência se esgota depressa? Felizmente existe a resiliência, e com ela damos uns passeios, mostramos-lhe a paisagem, e pedimos-lhe ajuda.

Este foi o pino que tive de fazer para o desafio desta semana. Mesmo sem querer, as verdades vêem ao de cima e eu não engano ninguém. 

 

Mar de dor

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Fevereiro 21, 2025

imsilva

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Mar de dor

Mar de fúria, de desespero, de loucura, de sofrimento

Mar de quem não sabe onde ir, de quem ficou sem norte

Mar de quem não compreende, de quem tem só interrogações

Mar de quem espera por uma nova onda, quem sabe se não será a onda da salvação?

Mar acalma-te, ensina um caminho, mostra compreensão

Mar, sê o pai, sê a mãe, beija com ternura, beija com o amor que salva

Mar da esperança de quem te olha a chorar

Mar do poder, mostra a tua força na redenção, deixa viver

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