Dezembro 10, 2021
imsilva
Da minha colecção
Mariana olhava a sua árvore de Natal muito pensativa.
Nesse dia, na escolinha, houve um colega que do alto dos seus 7 anos, declarou que o Pai Natal não existia. Mariana ficou confusa, pois tinha entregado a sua carta no marco do correio do Pai Natal, e ainda no dia anterior tinha recebido uma simpática carta do senhor das barbas brancas, em que até sabia qual o dia de anos dela.
Quando chegara a casa, por fim, pôs as suas dúvidas à mãe, contando-lhe o que o amigo dissera. A mãe sabia que mais tarde ou mais cedo teria lugar uma conversa sobre o assunto, e preparou-se para ela.
Disse à filha que o Pai Natal existiria sempre no coração dos que acreditassem. Poderia não ser fisicamente, mas emocionalmente não teria mal algum acreditar numa figura bondosa, que gostava de ver os meninos felizes, e que preenchia o seu imaginário. A magia do natal assim o permitia.
Mariana pensou muito no assunto e decidiu que queria continuar a acreditar no Pai Natal, sentiu-se aconchegada com essa decisão, comunicou-a à mãe, e foi para o seu quarto com um livro de contos de natal.
A mãe sentiu-se orgulhosa da sensatez da sua menina. Passado algum tempo e no intuito de a chamar para o jantar, foi até ao quarto da filha e entreabriu a porta curiosa com o som de uma voz que não parecia reconhecer. Foi quando estupefacta, viu uma imagem inusitada. O Pai Natal, sentado na cama da Mariana, contava-lhe uma história.
Conto no âmbito do desafio Os nossos contos de Natal